Ana Castro & Cosette Castro
Brasília – Nestes dois anos de atividades, o Coletivo Filhas da Mãe tem aberto muitas frentes de trabalho. E colhido frutos, apesar da pandemia e da mudança para o mundo online.
Essas frentes têm diferentes níveis e começam pelo acompanhamento cotidiano do cuidado familiar e dos pacientes com demências. Um trabalho de formiguinha, com pouca visibilidade.
E seguem em outras áreas.
Passam pelo estímulo ao lúdico, ao cuidado e ao autocuidado. Atividades que se concretizam, por exemplo, através dos Saraus Virtuais de Música, Poesia, Informação e Afeto que ocorrem desde 2020. Em março, realizaremos o nosso VII Sarau Virtual. Aguardem!
Caminham pelo incentivo às políticas públicas de cuidado, em defesa da pessoa idosa e pelas reflexões sobre envelhecimento. Frentes que aparecem em campanhas públicas e também nas páginas do Correio Braziliense.
Em 2021, aprovamos a Lei Distrital 6926. Contamos com apoio de outras 10 entidades ligadas à defesa da pessoa idosa, à defesa de pessoas com demências. Um trabalho coletivo realizado em parceria com o Fórum Distrital em Defesa da Pessoa Idosa.
Garantimos o apoio e tratamento aos pacientes demenciados, mas também priorizamos a prevenção da saúde de quem cuida. Nosso foco é a qualidade de vida.
Em 2022, o Coletivo está empenhado em conseguir a implementação da Lei 6926/2021. E logo estaremos contando novidades sobre esta frente de atuação.
Esta semana, temos mais a comemorar. Há motivo de alegria para o Coletivo Filhas da Mãe que, desde a sua origem, apoia a ciência, a pesquisa e a saúde pública.
Está nas ruas a chamada para cadastro e participação na Pesquisa “Estudo Sobre Pessoas Idosas com Demências e Cuidadores no Distrito Federal”.
É uma pesquisa inédita no Brasil e envolve públicos invisíveis: pacientes com demências ou em processo de diagnóstico e suas cuidadoras e cuidadores.
Foram nove meses de atividades onde atuamos no grupo de trabalho formado também por representantes da Codeplan/DF, do nosso parceiro, o Fórum Distrital em Defesa da Pessoa Idosa, e do gabinete da Deputada Arlete Sampaio, presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura da Câmara Legislativa (CLDF).
Nesse período, desenhamos os objetivos da pesquisa, definimos os públicos, o alcance, a metodologia e as etapas. Também calculamos o orçamento necessário para as três etapas da pesquisa e para as equipes de pesquisadores a serem contratados.
Ainda em 2021, trabalhamos para aprovar verba parlamentar na Câmara Legislativa do Distrito Federal. E, mais uma vez, o apoio do gabinete da Deputada Arlete Sampaio foi fundamental.
É uma pesquisa inédita no Brasil e envolve públicos invisíveis: pacientes com demências ou em processo de diagnóstico e suas cuidadoras e cuidadores
Seguimos focadas na saúde pública, pensando no futuro. Nas atuais e também nas próximas gerações.
O nosso interesse sobre pesquisa não é individual. Trata-se de um interesse coletivo que privilegia o cuidado e o autocuidado. Que estimula as mudanças culturais e de comportamento para reduzir o preconceito contra a idade em um país que envelhece rapidamente.
Mais uma vez nosso Coletivo, de mãos dadas com seus parceiros, está a frente de iniciativas sem soltar a mão de ninguém. Sejam pacientes, cuidadoras, familiares ou profissionais.
Convidamos, você que mora no Distrito Federal, para se cadastrar neste link até o dia 10 de março. E, principalmente, para ajudar a multiplicar a pesquisa no Distrito Federal. Ela vai contribuir para pensar e aprovar políticas públicas para os próximos anos.
Apesar de tudo, seguimos resistindo e fazendo história!