Por Ana Maria Campos — Uma imagem que vale por mil palavras. “Ele (Paulo Pestana) foi embora e levou parte do meu coração. Éramos unidos, fazíamos tudo juntos, sem competição, sempre focados no mesmo propósito. É muito triste pensar que nunca mais vou ver meu amigo, nesta vida”, disse Weligton Moraes à coluna. “Foi tudo muito rápido. Na quinta-feira, estávamos trabalhando, discutindo projetos. No domingo, perdemos uma pessoa genial”, lamentou.
O próximo projeto político de Ibaneis estará desfalcado sem a visão de Paulo Pestana, embora o governador tenha outros colaboradores importantes. Desde as eleições para a OAB-DF, Pestana foi um leal estrategista e “mentor”, como diz Ibaneis.
Líderes de partidos progressistas se reuniram, na noite de segunda-feira, a convite do presidente regional do Partido Verde, Eduardo Brandão, para discutir uma possível aliança para o projeto político de 2026. Entre as pautas, a solidariedade ao presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass. Ele foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) à inelegibilidade por oito anos. O quórum foi alto e representativo. Participaram da reunião os deputados federais, Reginaldo Veras (PV-DF) e Érika Kokay (PR-DF), a senadora Leila Barros (PDT-DF), a bancada do PSol e PT na Câmara Legislativa, o ex-governador Rodrigo Rollemberg, o ex-deputado Roberto Policarpo, Ricardo Capelli, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o ex-superintendente regional do Sebrae Valdir Oliveira, além de dirigentes e presidentes do PV, PT, PSol, Rede, PCdoB, PSB, PDT e Solidariedade. Foram convidados ainda membros do Cidadania e de outros partidos.
Entre os políticos que participaram da reunião, há potenciais candidatos ao Palácio do Buriti. Do PT, Érika Kokay. No PSB, Ricardo Cappelli (foto abaixo), Valdir Oliveira e Rodrigo Rollemberg — se topar voltar à disputa majoritária. No PDT, Leila Barros. O PV tem Leandro Grass. Mas ele precisa se livrar da condenação na Justiça Eleitoral.
“Unidade e diálogo” foi a tônica, segundo Leandro Grass (foto à dir.). Ainda é muito cedo para a escolha de um candidato do grupo, mas o debate está aberto.
Com a provável candidatura de Celina Leão à sucessão de Ibaneis Rocha (MDB), o debate eleitoral está bastante antecipado no Distrito Federal. É que a oposição precisa construir um nome para se contrapor ao projeto que está no poder no Distrito Federal.
A senadora Leila (PDT-DF) tem demonstrado que não tem ressentimento com o seu antigo partido, mesmo após o leilão de seu carro para quitar dívidas cobradas pelo PSB. Na segunda-feira, três dias após o veículo ser arrematado por R$ 35 mil, Leila (foto) esteve na reunião com lideranças das legendas de esquerda do DF, entre as quais membros do diretório regional do PSB. E, ontem, conversou com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (foto), sobre projetos para o Distrito Federal. O encontro ocorreu na cerimônia de lançamento do programa de expansão dos Institutos Federais. Fica claro que a tensão entre Leila e o PSB é, na verdade, um problema pontual entre a parlamentar e o presidente nacional, Carlos Siqueira, que ainda não digeriu a saída dela da sigla em 2021.
Coordenado pelo empresário Paulo Octávio, o próximo almoço-debate promovido pelo Lide receberá o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira (foto). O tema será habitação, uma das principais áreas de atuação do banco. O encontro, que reunirá empresários e representantes de entidades do setor produtivo, será na próxima terça-feira, no Lago Sul.
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