O presidente Michel Temer demitiu apadrinhados políticos do senador Hélio José (PMDB-DF), depois que o parlamentar votou contra o relatório da reforma trabalhista na na Comissão de Assuntos Sociais. As exonerações saíram publicadas na edição desta quarta-feira (21/06) do Diário Oficial da União.
Entre os servidores indicados por Hélio José e demitidos hoje está o superintendente regional da Secretaria de Patrimônio da União no Distrito Federal, Francisco Nilo Gonsalves Júnior, além de outros funcionários da SPU. A nomeação de Nilo, em agosto do ano passado, gerou muita polêmica. O senador do DF foi flagrado em gravações divulgadas na internet dizendo que consegue nomear “a melancia que quiser” no governo federal e que quem “não estiver com ele” pode “cair fora”.
“Isso aqui é nosso. Isso aqui eu ponho quem eu quiser, a melancia que eu quiser aqui, eu vou colocar”, disse o senador, em uma reunião com servidores da SPU. Na gravação, realizada nas dependências da Secretaria de Patrimônio, o senador tentou mostrar o seu poder em relação à nomeação de cargos no órgão. “Ele (Francisco Nilo) tem lado. O lado dele é o senador Hélio José, que é o responsável pela SPU a partir de hoje. A partir de hoje, a SPU é responsabilidade minha, do senador Hélio José, gabinete 19 da Teotônio Vilela”, declarou o parlamentar, sem saber que estava sendo gravado.
Nas redes sociais, o senador comentou a demissão de seus apadrinhados políticos. “Não serão essas represálias contraditórias que farão eu mudar de ideia”, declarou Hélio José.