ANA VIRIATO
O ex-governador José Roberto Arruda e o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB) também receberam aval para deixar a prisão temporária nesta quarta-feira (31/05). Além deles, o Tribunal Regional Federal concedeu habeas corpus a todos os outros investigados que permaneciam presos desde a Operação Panatenaico. O prazo inicial para o fim da reclusão, estabelecido pela 10ª Vara Federal, terminava à meia noite de quinta-feira (01/06).
Mais cedo, o ex-governador Agnelo Queiroz, os ex-presidentes da Novacap Maruska Lima e Nilson Martorelli, e o dono da construtora Via Engenharia, Fernando Márcio Queiroz, haviam sido soltos. À tarde, o TRF mandou soltar o ex-secretário Extraordinário da Copa do Mundo Cláudio Monteiro, os empresários Jorge Luiz Salomão, Afrânio Filho e Sérgio Lúcio Silva Andrade, além de Arruda e Filippelli. Eles devem deixar a carceragem da DPE nas próximas horas.
Entre os argumentos da Polícia Federal e do Ministério Público Federal para a manutenção da prisão, estava a influência dos investigados em razão da posição política, financeira e operacional, além de prejuízo à coleta de novas provas, existência de medidas cautelares que ainda precisavam ser efetivamente cumpridas, como bloqueio de bens, além da necessidade de análise do extenso material.
De acordo com o ex-diretor da Andrade Gutierrez Rodrigo Ferreira Lopes, em 2010, Agnelo Queiroz (PT) e Tadeu Filippelli procuraram representantes das empresas que compunham o “cartel” do BRT Sul para pedir propina de R$ 500 mil em cada turno da campanha — totalizando, assim, R$ 1 milhão. Em contrapartida, os então candidatos ao Palácio do Buriti manteriam o “acordo de mercado” estabelecido na gestão de José Roberto Arruda.
Após o início das construções, em 2011, quando Agnelo e Filippelli ocupavam o Executivo local, a Andrade Gutierrez teria sido informada sobre o pagamento de valores indevidos ao PT e ao PMDB. Cada sigla recebeu 2% sobre o valor da obra, segundo a delação. O total de R$ 8 milhões distribuídos em propina pela Andrade Gutierrez equivale a apenas 4% do valor recebido pela empreiteira nas obras do BRT Sul.
Mané Garrincha
A obra do Mané Garrincha começou, efetivamente, na gestão encabeçada por Agnelo Queiroz e Tadeu Filippelli. O empresário Rodrigo Ferreira Lopes relatou que, no período de execução das obras, os dois pediram valores ilícitos calculados com base no valor das obras. “Foram feitas solicitações de propinas por parte de Tadeu Filippelli e Agnelo Queiroz na ordem de 1% e de 2% a 3%, respectivamente”, alegou.
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