STF remete inquérito contra Rosso e Liliane Roriz à primeira instância

Compartilhe

Na sequência de processos remetidos à primeira instância devido ao novo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o foro privilegiado, nesta segunda-feira (14/05), o ministro Ricardo Lewandowski declinou da competência e enviou ao Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF) inquérito que apura a atuação do deputado federal Rogério Rosso (PSD) em suposto esquema de compra de votos para beneficiar a distrital Liliane Roriz (Pros), então candidata em 2010. Os dois são investigados por compra de votos e peculato.

As restrições impostas pelo STF garantem que o foro especial valha apenas para crimes praticados durante o mandato e ligados à função parlamentar. À época das irregularidades, entre julho e agosto de 2010, entretanto, Rosso ocupava o posto de governador do DF.

De acordo com a Polícia Federal, o parlamentar nomeou profissionais em cargos comissionados para prestarem serviços à campanha de Liliane. Todos atuaram no comitê eleitoral. As contratações, conforme aponta o inquérito, consistiram em troca de votos em favor da distrital, filha caçula do ex-governador Joaquim Roriz, padrinho político de Rosso.

O processo chegou ao STF em junho de 2016, depois de o TRE-DF enviá-lo em razão da prerrogativa de foro de Rogério Rosso. A presidente da Corte e, à época, relatora do caso, ministra Cármen Lúcia, determinou que o então Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, se manifestasse sobre as acusações.

O procurador se posicionou pelo prosseguimento das investigações e destacou como medidas necessárias a identificação dos administradores regionais de Brasília e Samambaia no ano de 2010, além da coleta do depoimento deles e dos administradores do Paranoá e Santa Maria, para que esclarecessem funções, presença e controle de frequência dos servidores nomeados. Ao assumir a relatoria, Lewandowski autorizou a coleta das provas.

Ao Correio, Rogério Rosso declarou que “sempre agiu de acordo com a legislação e pauta sua ações e conduta por princípios éticos e constitucionais”. “À época, baixei um decreto com regras rígidas em respeito à lei eleitoral. Sempre fui contra o foro privilegiado e estou muito tranquilo, pois confio na Justiça e nas instituições”, acrescentou.

Ana Viriato

Posts recentes

  • CB.Poder

MPDFT denuncia ex-vice-presidente do PT-DF por exploração de menores

Coluna Eixo Capital publicada em 22 de novembro de 2024, por Pablo Giovanni O Ministério…

1 hora atrás
  • Eixo Capital

Coronel da PM do DF minimizou risco em reunião antes do 8/1

Coluna Eixo Capital, publicada em 21 de novembro de 2024, por Pablo Giovanni (interino) Um…

1 dia atrás
  • Eixo Capital

Coronel minimizou risco em reunião antes do 8/1

Coluna Eixo Capital publicada em 21 de novembro de 2024, por Pablo Giovanni  Um áudio…

1 dia atrás
  • CB.Poder

Bug em app foi decisivo para PF obter detalhes do plano de golpe

Da Coluna Eixo Capital, por Pablo Giovanni (interino) Um relatório da Polícia Federal, que levou…

2 dias atrás
  • CB.Poder

Moraes ameaça multar presidente da CPI do 8/1 em R$ 50 mil

Texto de Pablo Giovanni publicado na coluna Eixo Capital nesta terça-feira (19/11) — O ministro…

3 dias atrás
  • CB.Poder

PF acessa celular de homem-bomba e apreende telefone de ex-companheira

Coluna publicada neste domingo (17/11) por Ana Maria Campos e Pablo Giovanni — A Polícia…

5 dias atrás