Secretários de Segurança querem ser ouvidos para plano de combate à criminalidade

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Da coluna Eixo Capital/ANA MARIA CAMPOS

Passada a eleição, o momento agora é de concentrar esforços para os problemas do país. E um dos mais graves é a violência urbana. O presidente Lula marcou uma reunião com os 27 governadores para discutir os rumos do combate à criminalidade. A ideia é apresentar a PEC da Segurança Pública que vem sendo elaborada há meses e se encontra na Casa Civil da Presidência da República.

 

Mas a reação nos estados já começou. Há uma revolta entre secretários de Segurança, responsáveis pelas frentes de ação diretamente nas ruas, de não terem sido ouvidos sobre o texto que será enviado ao Congresso. “Ninguém melhor que os secretários de segurança pública dos estados para ajudar a construir soluções, até porque são eles, juntamente com as corporações estaduais, principalmente as polícias Civil e Militar, que estão enfrentando o problema da violência urbana no dia a dia”, afirma o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp), Sandro Avelar.

 

Contato permanente com o MJ

Sandro Avelar, na condição de presidente do Consesp — órgão que congrega os secretários de Segurança Pública de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal — fala como porta-voz da classe: “Não fomos ouvidos, e não por falta de oportunidade, até porque estamos em contato permanente com o Ministério da Justiça e temos uma boa relação, sobretudo com a Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública). Aparentemente, a decisão de não compartilhar não partiu do Ministério da Justiça”, afirma Avelar.

 

Secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar vai acompanhar na reunião com o presidente Lula a vice-governadora Celina Leão (PP), a pedido dela. Ele acredita que, a partir da apresentação da Pec da Segurança, os governadores consultarão suas equipes de segurança pública. “A princípio, deverá acontecer o que poderia ter acontecido antes: os governadores tomarão conhecimento do assunto e irão consultar os seus especialistas na matéria, ou seja, os próprios secretários de segurança de cada estado”, acredita Avelar.