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“Se depender de mim e dos petistas, o PT terá nome para disputar o GDF”, diz Magela

Publicado em Eixo Capital, Eleições, GDF

À Queima-Roupa com Geraldo Magela, ex-deputado federal (PT) — por Ana Maria Campos

Como avalia o resultado do PT no primeiro turno das eleições municipais?

O resultado é positivo. Neste ano, o PT fez muitas alianças para apoiar candidatos de outros partidos. Isso faz com que nossos números pareçam pequenos, mas o PT cresceu em números de prefeitos e vereadores eleitos em relação à eleição de 2020.

Os petistas tradicionais de São Paulo se engajaram de verdade na eleição de Guilherme Boulos, uma candidatura de outro partido, imposta pela cúpula?

O apoio a Boulos, agora, foi combinado na eleição presidencial, quando ele abriu mão da sua candidatura para apoiar Lula. Com a indicação de Marta Suplicy para vice, o PT está plenamente engajado na campanha de Boulos. Aliança é aliança e o PT está cumprindo firme com a sua parte no acordo.

O grande vitorioso na eleição foi o Centrão. O eleitor está mais conservador em todo o país?

A eleição municipal trata dos problemas das cidades e têm características muito locais. Na eleição municipal, o que se debate é o buraco nas ruas, a falta de saneamento, a falta de médicos etc. Na eleição municipal, o poder econômico dos candidatos joga um peso enorme. A eleição municipal não é ideológica, não divide os eleitores entre esquerda e direita.

O PT tem nomes para a disputa ao Palácio do Buriti?

A militância do PT quer que o partido tenha uma candidatura petista para o GDF. Disso, eu não tenho nenhuma dúvida. Nós temos pelo menos três ou quatro nomes que podem assumir esse desafio. Neste momento, estamos em processo de diálogos internos e análises do quadro político local. Se depender de mim e dos petistas, o PT terá nome para disputar o Buriti.

Como será definida essa escolha?

Não há, ainda, uma definição de como será decidida a tática eleitoral do PT. A partir do início do próximo ano, nós entraremos num processo de renovação e mudança das direções do PT. Esse processo vai desde os diretórios municipais até a direção nacional. Durante esse processo, será inevitável que, aqui no DF, o tema da candidatura petista para o governo seja abordado. Mas acredito que uma decisão final sobre isso só seja adotada no segundo semestre. Antes de decidirmos, vamos dialogar com o governo federal e com o PT nacional.

O PV tem Leandro Grass e o PSB tem Ricardo Cappelli. Acredita na união das esquerdas no DF?

São excelentes nomes, mas o PT tem todas as condições de apresentar os seus nomes para compor um conjunto de alternativas. Precisamos avaliar quem reúne as melhores condições para vencer. O PT tem o maior numero de filiados, tem forte inserção no movimento sindical e está presente no movimento popular. Tem tradição e experiência. É importante que se faça um esforço pela unidade dos partidos democráticos, a partir de um programa claro. Mas, para ganhar eleição e governar, é preciso ampliar.