Por Ana Maria Campos – À Queima Roupa – Max Maciel, deputado distrital (PSol)
“O governo realizou um estudo e mostrou que é mais caro realizar uma nova licitação do que a renovação dos contratos atuais. Foi uma decisão do próprio GDF e que não passou pela Câmara Legislativa”
O transporte público tem sido a sua principal bandeira. Acha que conseguiu algum avanço?
Conseguimos avanços importantes. O acordo com a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) sobre a validade dos cartões do vale transporte é um deles. A sinalização da Semob em nos enviar estudo sobre a ampliação do passe livre estudantil nos domingos e feriados é outro. Conseguimos, a partir de indicações ao Poder Executivo, construção de paradas de ônibus e outras melhorias para a sociedade. Alteração em itinerário e ampliação de linha para atender estudantes na UnB também é um avanço importante. Inclusive, na próxima segunda, vamos realizar uma audiência pública sobre o transporte público para a UnB e IFB. Por fim, a Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana (CTMU), na qual sou o presidente, tem sido um canal importante de denúncias e temos encaminhado várias delas para os órgãos competentes.
Acredita que o governo vai realizar uma nova licitação para contratação de empresas do setor?
O governo realizou um estudo e mostrou que é mais caro realizar uma nova licitação do que a renovação dos contratos atuais. Foi uma decisão do próprio GDF e que não passou pela Câmara Legislativa, não foi divulgado e não teve nenhuma participação da sociedade para debater o assunto. Também não apresentou, até o momento, se será feita alguma melhoria no transporte público com a renovação dos contratos. Recebemos, diariamente, muitas reclamações e sabemos que tem muito o que melhorar.
Você foi eleito com base em Ceilândia, que faz aniversário nesta segunda. O que precisa melhorar na cidade?
Temos muitos problemas, afinal a lógica do Distrito Federal é a exclusão da periferia do planejamento das cidades e decisões sobre o orçamento. Um exemplo disso é que a Ceilândia sofreu muito com as chuvas recentes. Programas como o Drenar DF auxiliariam muito nesse problema, mas essas iniciativas ficam restritas ao eixo Plano Piloto e não focam em outras cidades, como em Ceilândia e tantas outras periferias do DF. Ceilândia também ainda é muito carente de espaços públicos de lazer e de cultura. Precisamos fomentar o direito à cidade e dar mais dignidades às pessoas que moram nesses territórios.
No seu primeiro mandato, como avalia a atual legislatura até agora?
Chegamos juntos com um turbilhão de acontecimentos, como a tentativa de golpe no dia 8 de janeiro e o afastamento do governador Ibaneis. Ficamos a reboque desses assuntos. Agora, com as coisas entrando um pouco mais nos eixos, estamos, finalmente, sendo mais propositivos nesta Casa Legislativa e encaminhando os temas que são relevantes no dia a dia das pessoas.
E a sua atuação?
Temos quatro anos para dar o nosso melhor e fazer o que for possível para alcançar as melhorias que almejamos. É importante frisar que, apesar de virmos da Ceilândia, nossa luta é por todo o DF. Estamos fazendo um bom mandato, batalhando por mais e buscando, todos os dias, entregar muitos avanços.