Por Ana Maria Campos – À Queima Roupa – Deputado distrital Rogério Morro da Cruz (sem partido)
“Acredito que se lhe fosse pedido para dar uma nota ao seu governo, provavelmente ele (Ibaneis) daria um 9. Portanto, o acompanho nesta probabilidade”
Como avalia o convite de Celina para se filiar ao PP?
É para mim motivo de muito orgulho e satisfação ser convidado para integrar as fileiras de um partido de tamanha importância nos cenários nacional e local. Conheço a vice-governadora Celina Leão há muitos anos, quando eu sequer sonhava em ser candidato a deputado distrital.
Aliás, foi ela que me ajudou a fundar a Associação de Moradores do Morro Cruz, a qual presidi por muito tempo. Ela é uma companheira e amiga de primeira hora.
Vai topar?
Preciso primeiramente conversar com meu grupo político e analisar todos as situações possíveis, mesmo porque não quero entrar num partido hoje e sair dele amanhã, quero um casamento duradouro, cujos frutos sejam profícuos para toda a sociedade do Distrito Federal, e, principalmente para a minha querida São Sebastião.
O ingresso no PP significaria uma aposta na provável candidatura de Celina Leão ao Palácio do Buriti em 2026?
Dia desses o governador Ibaneis Rocha anunciou por meio da imprensa que a vice-governadora seria a sua sucessora no GDF. Acredito ser esta uma excelente escolha. Sou integrante da base governista na Câmara Legislativa. Com isso, certamente seguirei o caminho indicado pelo nosso governador, independente do partido ao qual eu me encontre, mesmo porque quando me desliguei do PMN o fiz em razão do partido não ter superado a cláusula de desempenho prevista na legislação eleitoral. Porém, em momento algum, sequer cogitei deixar de integrar a base parlamentar do governo.
Se você topar, o PP passará a contar com três distritais. Acredita que vocês poderão atuar juntos? Com qual foco?
Em qualquer partido é importante que seus parlamentares trabalhem juntos, que construam uma agenda comum voltada a atender aos interesses maiores da sociedade, sobretudo nas áreas da educação, saúde e segurança pública. Nessa agenda deverão estar inclusas ações pertinentes à regularização fundiária, que é a minha maior bandeira de luta.
Qual foi o destaque da Câmara Legislativa no primeiro semestre?
A integração com a sociedade, a proximidade efetiva com os cidadãos e cidadãs brasilienses. A Câmara é hoje a casa legislativa mais transparente do Brasil, e isso é fantástico, sem contar que jamais deixou de ter olhos voltados à proteção dos segmentos mais fragilizados, principalmente no que diz respeito à defesa das mulheres, com a aprovação de uma série de projetos destinados à garantia dos seus direitos, conforme aconteceu recentemente.
E do seu mandato?
Em primeiro lugar cuidei de conhecer o funcionamento do Poder Legislativo, por tratar-se de um mundo totalmente novo para um deputado iniciante. Para isso, montei uma equipe de assessores extremamente competente e logo deixei claro para todos quais são as minhas principais bandeiras, que são a defesa das comunidades menos favorecidas e a regularização fundiária.
Que nota você dá ao governo Ibaneis até agora neste segundo mandato?
O governador Ibaneis é um mandatário em constante busca da perfeição no comando do Distrito Federal. Sei que todos os dias ele acorda imbuído desse ideal, mas a perfeição exige muito trabalho, dedicação e paciência, e por ser ele um perfeccionista, acredito que se lhe fosse pedido para dar uma nota ao seu governo, provavelmente ele daria um 9. Portanto, o acompanho nesta probabilidade.
Tem indicação em alguma área do governo do DF?
Sim. Os administradores de São Sebastião, Roberto Medeiros Santos, e do Jardim Botânico, Aderivaldo Martins Cardoso, que mesmo diante das dificuldades encontradas no dia a dia estão realizando um trabalho exemplar.
Acha que o seu futuro partido deve apoiar o presidente Lula no Congresso?
Vejo com bons olhos as alianças que o presidente Lula vem construindo no Congresso Nacional, prova disso foi a aprovação, com um placar elástico, da reforma tributária na Câmara dos Deputados. Mas não é possível estabelecer com firmeza, nesse momento, qual será realmente o tamanho da sua base de sustentação parlamentar, quais os partidos, além dos que estão o apoiando hoje, integrarão essa base. Há muita água para rolar sob a ponte das negociações políticas, o que exige de Lula muita sensibilidade na construção de apoios que assegurem a aprovação das diversas propostas submetidas à análise do Congresso.
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