Ana Viriato
A derrubada da emenda à Lei Orçamentária Anual (LOA), no valor de R$ 1,2 bilhão, gerou faíscas entre os parlamentares. A destinação do montante, economizado pelo Palácio do Buriti com a união dos fundos de contribuição após a reforma da Previdência, levou ao adiamento da votação do projeto que fixa a receita e as despesas do governo.
Após a vitória da oposição, que rejeitou a emenda em uma votação apertada, por acreditar que o documento foi apresentado “na surdina”, Agaciel Maia havia criticado a “traição” de Robério Negreiros (PSDB). O tucano votou contra o governo no destaque da emenda em questão e na eleição da Mesa Diretora, no fim de dezembro de 2016.
“Ele começou e terminou o ano traindo. Ao menos foi coerente”, cutucou Agaciel. A família de Robério Negreiros é proprietária da empresa de segurança Brasfort e mantém contratos milionários com o GDF.
Em resposta, Negreiros subiu à tribuna para rebater a crítica. Em discurso, chamou o líder do governo de “sonso”, “safado” e “parlapatão” (quem conta mentiras). “Entre ser um Agaciel sonso e um Robério verdadeiro, prefiro continuar sendo eu”, disse. E completou: “Agaciel é uma pessoa mimada, que acha que é o primeiro ministro do DF”.
O parlamentar do PR, que havia saído do plenário para conceder entrevista, voltou para responder às ofensas. “Não vou abaixar o nível para discutir com você (Robério). Não preciso adjetivá-lo. Todos sabem quem você é”, rebateu.
O vice-presidente da Câmara Legislativa, Wellington Luiz (PMDB), deu fim à discussão. “Se tiverem roupa suja, lavem em casa e, não, no plenário”.