Diferentemente da presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PPS), que rompeu com o governo e seguiu com apadrinhados no Executivo, o deputado Raimundo Ribeiro (PSDB) deixou a base e exigiu que todos os indicados peçam exoneração. O tucano tomou a decisão em encontro com a equipe em uma casa no Lago Norte na manhã desta quarta-feira (24/2), um dia após o socialista exonerar o secretário de Justiça, João Carlos Souto; o subsecretário do Sistema Penitenciário, João Carlos Lóssio; e o diretor do Presídio do Distrito Federal 1 (PDF 1), Mauro Cezar Lima.
Líder do governo na Câmara Legislativa até março de 2015, Ribeiro afirmou não ser ele quem deixa a base, mas que “o governador se divorciou de nós”. “Todas as pessoas do grupo político entenderam que o governador foi deselegante e desrespeitoso”, criticou. “Souto, Lóssio e Mauro são profissionais da mais alta competência. Se foi assim com eles, imagine com os outros”, ponderou. Com a saída do distrital do PSDB, o comando do Na Hora, do Procon, a Secretaria de Justiça, o sistema prisional — que Rollemberg deve vincular à Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social — e a administração de Sobradinho ficarão vagos.
Apesar da variedade de cargos à disposição, o deputado não era um dos mais fiéis da base aliada na hora das votações do Executivo: dos 95 projetos do GDF apreciados em plenário em 2015, o tucano disse sim a apenas 59, à frente apenas de Chico Leite (Rede), dos oposicionistas Robério Negreiros e Wellington Luiz (ambos do PMDB) e de três distritais que não estiveram na Câmara durante todo o ano — Cláudio Abrantes (Rede), Dr. Michel (então no PP, hoje conselheiro do Tribunal de Contas do DF) e Roosevelt Vilela (PSB).
O tucano fará pronunciamento para anunciar a saída às 16h, no plenário da Câmara.