A seis meses das eleições, PRB deixa a base aliada a Rollemberg

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Presidido pelo pré-candidato ao Palácio do Buriti Wanderley Tavares, o PRB deixou, nesta sexta-feira (13/04), a base aliada ao governador Rodrigo Rollemberg (PSB). A sigla integra uma das chapas majoritárias de oposição ao socialista ao lado de PPS, PSDB, PTB, PSD e outros cinco partidos.

Com a decisão, a legenda colocou à disposição os cargos ocupados na administração pública. Ou seja, cabe ao governador decidir sobre a exoneração dos comissionados indicados pela sigla. Eles ocupam espaço, por exemplo, na Administração Regional de Samambaia.

Na Câmara Legislativa, a posição será de independência, “sem se negar ao diálogo, à colaboração e a votar favoravelmente todas as propostas que considerar positivas para o Distrito Federal”, diz a nota oficial divulgada nesta manhã.

Fundado por integrantes da Igreja Universal do Reino de Deus, o PRB alcança boa parte do segmento evangélico. Neste ano, tem como candidatos fortes para os cargos proporcionais os distritais Júlio César, que concorrerá a uma cadeira na Câmara dos Deputados, e Rodrigo Delmasso, o qual pretende disputar a reeleição. Além disso, no mês passado, o partido ganhou um reforço conhecido: o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho.

Na visão de Wanderley Tavares, com o desembarque, a legenda fica “livre” para trabalhar numa composição independente. “Poderemos construir um projeto bom para Brasília, com mais autonomia, responsabilidade e liberdade”, destacou.

PRB na disputa pelos cargos majoritários

A frente de centro-direita a qual pertence o PRB deve decidir, em cerca de 30 dias, o nome do candidato ao GDF. Estão no páreo, além de Wanderley, o deputado federal Izalci Lucas (PSDB), o ex-distrital Alírio Neto (PTB), a liderança de Ceilândia Goudim Carneiro (PMB) e a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues (PSC). A escolha será embasada pelo resultado de uma pesquisa de opinião, que mostrará os postulantes com maior intenção de votos, menor rejeição e mais chances de crescimento no segundo turno. Será levada em consideração, ainda, a estrutura partidária (tempo de tevê).

A tendência é que o cabeça de chapa seja Izalci, que realizará palanque eleitoral para o presidenciável Geraldo Alckmin, ou Alírio, o qual dispõe de cofres cheios para o pleito. Wanderley, portanto, deve negociar outro espaço majoritário — Senado ou vice-governadoria. Um entrave, porém, é que, na última reunião do grupo, ficaram acertadas as candidaturas a senador do deputado federal Rogério Rosso (PSD) e de Cristovam Buarque (PPS).

Ana Viriato

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