Coluna Eixo Capital/Por Ana Maria Campos
Mais uma vez o ex-deputado Alberto Fraga (DEM-DF) está no centro de uma polêmica com potencial de explosão. Ontem ele negou ter confirmado a jornalistas que o presidente Jair Bolsonaro lhe encaminhou, por WhatsApp, mensagem com convocação para a manifestação de 15 de março contra o Congresso, raiz da crise política do momento no governo federal, com críticas de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
No Twitter, Fraga reclamou do tiroteio de discípulos de Bolsonaro nas redes sociais. Está provando do próprio veneno. “O que mais me impressiona é a agressividade dos que se dizem Bolsonaro, ao me atacar sem saber sequer o vínculo de amizade que nos une! Perguntem ao presidente se ele confia em mim, ao invés de xingamentos e impropérios inconcebíveis”, escreveu. Apesar das negativas, o Palácio do Planalto acredita que Fraga deu a largada nessa crise. Vai acabar ficando mesmo sem um ministério.
E o que mais me impressiona é a agressividade dos que se dizem Bolsonaro, ao me atacar sem saber sequer do vínculo de amizade que nos une! Perguntem ao Presidente se ele confia em mim? Ao invés de xingamentos e impropérios inconcebíveis.
— Alberto Fraga (@alberto_fraga) February 26, 2020
Quero REAFIRMAR q em momento algum confirmei o recebimento do vídeo citado pela reportagem do estadão no dia 25 pelo Bolsonaro. Recebi um vídeo no dia 22 sobre a manifestação e que não existe nenhuma palavra, frase ou qq incentivo de comparecimento no dia 15.
— Alberto Fraga (@alberto_fraga) February 26, 2020
Cidade da Segurança fica até o fim de semana
Devido ao resultado positivo da cidade da segurança pública, com um centro integrado de operações durante o período de carnaval, o secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, decidiu manter a estrutura até o próximo fim de semana.
Ele comemora redução de 28% nos furtos de celular, mas o uso e posse de entorpecente mais que dobrou.Neste ano foram 78 ocorrências e, no ano passado, 34. Levantamento indica que 94,7% das ocorrências ocorreu na Região Administrativa de Brasília, local que concentrou a maior parte dos eventos de carnaval.
Blasfêmia
O deputado federal pelo DF Júlio César Ribeiro (Republicanos), pastor da Igreja Universal, não gostou do desfile da Mangueira no domingo de carnaval. A escola de samba levou diversas representações de Jesus Cristo (como índio, mulher e morador de rua) para a Sapucaí. O parlamentar considerou o enredo e os carros desrespeitosos à fé cristã.
“Simplesmente lamentável a postura da Escola de Samba Mangueira”, publicou nas redes sociais. “Visivelmente a Mangueira blasfemou a imagem do Senhor Jesus quando o representou em uma festa que nada tem a ver com seus princípios”, acrescentou. Recentemente, Júlio César implicou com um outro caso parecido ao reclamar do especial de Natal do grupo Porta dos Fundos, que apresentava um Jesus gay. Embora não tenha sido campeã, a Mangueira voltará à Marquês de Sapucaí para repetir a apresentação no desfile das campeãs, que reúne as seis primeiras colocadas.
Facetas de Jesus
Já a deputada federal Érika Kokay (PT) gostou do desfile da Mangueira. Também nas redes sociais, a petista postou: “Negro, loiro, periférico – funkeiro. Uma das facetas de Jesus apresentadas pela Mangueira hoje (domingo) é o retrato de muitos jovens brasileiros”.
Brasília fora do desfile das campeãs
Não deu para Brasília no carnaval do Rio. As duas escolas que homenagearam a capital, a Vila Isabel e a São Clemente, estão fora do desfile das campeãs. As escolas ficaram respectivamente em oitavo e décimo lugares.
A pergunta que não quer calar….
Com a dengue se alastrando, o GDF está preparado para uma eventual epidemia de coronavírus?
Visita independente
Na Secretaria de Segurança do DF, a visita do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, à penitenciária federal de Brasília, acompanhado do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, foi vista como uma prestação de contas. As Forças Armadas fazem a segurança do presídio que abriga integrantes de facções criminosas, como o líder do PCC, Marcos Camacho, o Marcola. E também como um gesto de marketing. O clima continua nublado. Moro não convidou ninguém da segurança do DF.
Só papos
“Tenho 35 milhões de seguidores em minhas mídias sociais, com notícias não divulgadas por parte da imprensa tradicional. No Whatsapp, algumas dezenas de amigos onde trocamos mensagens de cunho pessoal. Qualquer ilação fora desse contexto são tentativas rasteiras de tumultuar a República”
Presidente Jair Bolsonaro, sobre mensagem que teria enviado pelo Whatsapp com vídeo sobre a manifestação do dia 15 de março contra o Congresso Nacional
“Essa gravíssima conclamação, se realmente confirmada, revela a face sombria de um presidente da República que desconhece o valor da ordem constitucional, que ignora o sentido fundamental da separação de poderes, que demonstra uma visão indigna de quem não está à altura do altíssimo cargo que exerce”
Ministro Celso de Mello, decano do STF