PABLO GIOVANNI
A Procuradoria-Geral da República defendeu, na tarde desta segunda-feira (27/2), a manutenção da prisão preventiva do ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres. Ele está preso desde 14 de janeiro, em decorrência dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, na Praça dos Três Poderes.
Na avaliação da PGR, não há modificações no processo que possam dar a Torres a revogação da prisão. O documento, assinado pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, também acrescenta que defende a manutenção da prisão para proteger a ordem pública e a instrução criminal em que o ex-secretário é alvo.
O encaminhamento ao órgão ocorreu após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pedir a manifestação do órgão para opinar sobre a liberdade do ex-chefe da SSP-DF, requerida pela defesa.
Pedido da defesa
A defesa de Anderson Torres alegava, no pedido de liberdade do ex-secretário, que os elementos de informação produzidos no curso da investigação esvaziam a suposta conduta omissiva inicialmente atribuída a ele.
Os representantes utilizaram a perícia da Polícia Federal no telefone do ex-secretário-executivo Fernando de Sousa Oliveira, para alegar essa informação.
A reportagem tenta contato com a defesa do ex-secretário para pegar um esclarecimento sobre a manifestação da PGR. Com isso, o pedido de revogação da prisão retorna para a mesa de Moraes, relator do caso da invasão aos prédios dos três poderes.