HELENA MADER
ALEXANDRE DE PAULA
A Polícia Federal abriu inquérito para investigar candidaturas laranjas no MDB do Distrito Federal. Na manhã desta terça-feira (21/05), policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão em dois endereços. Eles estiveram na sede regional do partido, no Setor de Rádio e TV Sul, e também em uma residência. O endereço não foi informado pela corporação. A suspeita é de que o MDB tenha lançado candidaturas de mulheres como laranjas, para desviar recursos públicos de campanha para outros candidatos da sigla. Nas eleições de 2018, o MDB-DF lançou 15 mulheres candidatas a distrital e uma a federal.
A lei eleitoral estabelece que os partidos políticos devem ter, no mínimo, 30% de candidatas mulheres na disputa das eleições. Além disso, no ano passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou que as siglas deveriam reservar pelo menos 30% dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, conhecido como Fundo Eleitoral, para financiar as campanhas de candidatas mulheres no pleito. O mesmo percentual foi considerado em relação ao tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.
Desde as eleições, houve denúncias envolvendo vários partidos a respeito do lançamento de mulheres como candidatas laranjas, para que os recursos fossem efetivamente usados por outros concorrentes. No MDB-DF, duas candidatas tiveram poucos votos, mas receberam apoio financeiro expressivo da sigla. A empresária Kadija de Almeida, que concorreu a distrital, teve 403 votos. Ela gastou no pleito R$ 573 mil (R$ 150 mil do diretório nacional e R$ 423 mil do local).
A psicóloga Dolores Ferreira teve 551 votos. A legenda investiu em sua campanha R$ 502,2 mil (R$ 130 mil do diretório nacional e R$ 371,7 mil do regional). Hoje, as duas têm cargos no Governo do Distrito Federal. Kadija é coordenadora de Desenvolvimento da Administração Regional de São Sebastião, e Dolores exerce o cargo de gerente de Políticas Sociais da Administração Regional do Itapoã.
O advogado do MDB-DF, Herman Barbosa, informou que protocolou procuração na PF nesta terça-feira, pedindo cópia do material da investigação. “Não conhecemos o teor do inquérito”, explicou. A reportagem não conseguiu contato com o presidente regional do MDB, Rafael Prudente. Além de Prudente e do governador Ibaneis Rocha, eleitos pelo partido, outros candidatos do MDB tiveram votação expressiva, como o ex-vice-governador Tadeu Filippelli, que tentou sem sucesso uma vaga de federal, e o ex-distrital Wellington Luiz, que não conseguiu se reeleger para a Câmara Legislativa. O deputado distrital Hermeto, eleito pelo PHS, migrou para o MDB e hoje integra os quadros do partido.
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