ALEXANDRE DE PAULA
Candidato ao Governo do Distrito Federal pelo PRP, general Paulo Chagas, aposta no apoio do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e na pulverização de candidaturas para ganhar força nas eleições deste ano. Chagas foi o segundo convidado da série de entrevistas com os postulantes ao Palácio do Buriti promovida pelo programa CB.Poder, parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília.
O militar da reserva garantiu que Bolsonaro participará ativamente da campanha pela sucessão ao Executivo local e já tem gravado mensagens de apoio. “Não sei o planejamento ou o quadro-horário da campanha dele, mas, certamente, sempre que estiver em Brasília, nós estaremos juntos”, disse.
A chegada do deputado federal Alberto Fraga — que sempre fez elogios a Bolsonaro, apesar de ter fechado com Geraldo Alckmin (PSBD) — à corrida pelo Buriti pode dividir o eleitorado conservador, na visão do general. Ele acredita, no entanto, que as declarações do presidenciável vão pesar. “No início, quando havia tanto eu quanto o deputado Fraga, Bolsonaro se definiu logo, dizendo que eu era o candidato dele ao governo e que o Fraga seria um bom nome ao Senado”, lembra.
Para Chagas, o número recorde de candidaturas ao GDF — são 11 postulantes — ajudará os nomes menos conhecidos. “A grande dificuldade de quem é novo é se fazer conhecido e, como tem muitos candidatos, o percentual de votos para o segundo turno deve ser baixo.” Ele acredita que haverá segundo turno. “Não vejo nenhum candidato favorito o suficiente para a gente dizer que não vai haver”, opinou.
No tema da segurança pública, uma das bandeiras da candidatura, o general criticou a forma como os saidões são concedidos aos presos e definiu como “erro” a liberação do homem que causou a tragédia com três mortos no último fim de semana no Eixão Sul.
“Tem de ser feita uma seleção e um acompanhamento melhor das pessoas no presídio para ver quem está em condições de ser reintegrado à sociedade. No sistema prisional, a gente tem que saber dividir as pessoas. Alguns são irrecuperáveis e isso não é difícil de saber. Essas pessoas não podem sair”, observou.
Chagas também alegou considerar justos reajustes às Polícias e a concessão de paridade dos salários da Polícia Civil com a Federal. “Mas não podemos privilegiar uma agência de segurança pública em detrimento da outra. Se uma tem aumento, a outra tem que acompanhar. Ou estaremos fazendo uma diferenciação que vai ter resultado negativo no final”, declarou.
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