ANA MARIA CAMPOS
Não existe no papel a versão do secretário de Mobilidade, Fábio Damasceno, e do diretor-geral do DFTrans, Leo Cruz, sobre um suposto aval da Polícia Civil do DF para o pagamento de R$ 3,5 milhões a cooperativas de transporte suspeitas de fraudar o sistema de bilhetagem automática do DF.
Segundo promotores que atuam na Operação Trickster, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) não analisou nenhum expediente relacionado a uma suposta ação controlada que permitisse o pagamento de despesas com vale-transporte como forma de elucidar um crime em andamento.
Em entrevista na semana passada, Damasceno e Leo Cruz admitiram o prejuízo, mas explicaram que o DFTrans realizou o pagamento de R$ 3,5 milhões para colaborar na investigação. Isso só poderia ocorrer, no entanto, com autorização da Justiça, de acordo com entendimento do MPDFT.
Na semana passada, foi deflagrada a Operação Trickster que apura fraudes no sistema de bilhetagem automática do DFTrans, deflagrada pela Polícia Civil do DF e pelo Ministério Público do DF.
A promotora de Justiça Lenna Daher, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público do MPDFT, disse que as fraudes no sistema podem chegar a “centenas de milhões de reais”.
Pelo que se investiga na Operação Trickster, a senha de um auditor Pedro Jorge Brasil foi utilizada para inserir empresas fictícias no sistema de bilhetagem como se houvesse um pedido para créditos em cartões de vale-transporte.
Só que os pagamentos correspondentes a esses créditos não eram feitos na conta do DFTRans. Mesmo assim, o órgão público abasteceu os cartões de passageiros que não existem. Esse crédito era validado por cooperativas de transporte rural e o governo repassava o montante correspondente à tarifa por passageiros que não foram transportados.
Na semana passada, o governo negou que houvesse um prejuízo de centenas de milhões de reais, mas admitiu que tenha havido um desvio de R$ 3,5 milhões. “Agora tudo isso será glosado. Será restituído aos cofres públicos”, afirmou o secretário de Mobilidade.
Os delegados do caso, no entanto, negam uma ação controlada em parceria com o GDF para chegar à fraude.
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