Os jovens senhores da política da Câmara Legislativa do DF

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Coluna Eixo Capital/Por Ana Maria Campos

Eles são os mais jovens políticos com mandato no Distrito Federal. Os distritais Eduardo Pedrosa (PTC), de 29 anos, Fábio Félix (PSol), Júlia Lucy (Novo) e Leandro Grass (Rede), de 33 anos, e Rafael Prudente (MDB), 35 anos, conquistaram espaços que políticos mais experientes deixaram para trás num momento em que a renovação tem sido a palavra de ordem.

Filho e sobrinho de políticos, Eduardo Pedrosa busca caminho próprio. O pai, que tem o mesmo nome, sempre foi um articulador de bastidores, mas nunca exerceu mandato. Agora só dá conselhos como qualquer pai, sem grandes intromissões nos rumos. A tia, Eliana Pedrosa, foi distrital e chegou perto de ser governadora, mas agora também se afastou.

Fábio Félix conquistou um mandato que outros integrantes de seu partido com longa vivência na atividade política não conseguiram, como Toninho do PSol e Maninha — ela exerceu mandato pelo PT, mas nunca obteve sucesso pelo PSol.

Júlia Lucy foi a única candidata do Novo eleita no DF. Jovem e bonita, tenta vencer o preconceito de que, com esses atributos, não poderia ser competente. Usa óculos de grau para inspirar seriedade e opta por roupas mais sóbrias para ser respeitada.

Leandro Grass ocupou um espaço que a Rede perdeu com a saída de Chico Leite da vida partidária, depois da derrota na disputa ao Senado, no ano passado. Grass era oposição interna ao ex-distrital e tenta assumir o controle do partido.

Coisa que Rafael Prudente, presidente da Câmara Legislativa, conseguiu nesta semana ao se eleger presidente regional do MDB/DF, no lugar que há duas décadas era ocupado por Tadeu Filippelli. Tem tudo para chegar bem mais longe que o pai, Leonardo Prudente, principalmente se continuar longe das denúncias de corrupção.

Elas fazem, e fazem bem

A Fecomércio-DF lançou a Câmara de Mulheres Empreendedoras e Gestoras de Negócios do Distrito Federal. Mais de 90 pessoas participaram do encontro, na última terça-feira, entre parlamentares, empresárias e representantes da sociedade civil. É a primeira câmara criada na gestão do presidente da Federação, Francisco Maia. A Câmara de Mulheres foi composta por 10 conselheiras notáveis, 26 representantes da sociedade civil e 26 dos sindicatos patronais.

Flavia Arruda: “Bancada de Brasília tem que estar unida”

A deputada Flávia Arruda (PR/DF) obviamente não gostou de ser chamada de arrogante, como a coluna mostrou ontem, pela deputada Paula Belmonte (Cidadania/DF), mas publicamente preferiu não alimentar o embate. Disse à Eixo Capital: “A bancada de Brasília tem que estar unida para trazer recursos para a cidade”. Só isso. Sem uma pitada de pimenta.

Embarque para NY

Na comitiva do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ), a deputada Flávia Arruda embarca hoje para Nova York. A pauta é econômica: visita a grandes bancos.

Aposta dos políticos

Vicente Pires foi uma das apostas de investimentos do ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB) e é agora também a de Ibaneis Rocha, que criou uma força-tarefa e ontem esteve lá, na Feira do Produtor. Mas o problema de infraestrutura persiste. Culpa do crescimento desordenado.

Nosso Lago

Arquitetos, urbanistas e ambientalistas lançaram, nesta semana, o Movimento Nosso Lago. O grupo da sociedade civil organizada surgiu para defender a manutenção da orla do Lago Paranoá desobstruída e com estrutura sustentável de uso público. O tema gerou controvérsia na campanha, quando o então candidato Ibaneis Rocha questionou o modelo de desocupação da orla capitaneado pelo governo Rodrigo Rollemberg. Manifestaram apoio ao movimento entidades como o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), o Movimento Ocupe o Lago, o fórum Urbanistas por Brasília, o movimento Rodas da Paz, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo e promotorias de Defesa do Meio Ambiente do MP, além de deputados distritais.

Sem consenso

Promotores e procuradores de Justiça do DF ficaram incomodados com a decisão de prestigiar com uma medalha o presidente Jair Bolsonaro. A homenagem ocorrerá em 14 de junho no auditório do Ministério Público do DF. “Quem não tem atuação sobre as causas que o MP tem por função Constitucional defender, não tem por que ser homenageado”, afirma um integrante do MPDFT. Mas Bolsonaro também tem fãs na instituição.

Só papos

“Perguntaram aqui como eu tuíto. Do mesmo jeito que o Bolsonaro. Eu tenho um filho que eu não controlo. Se ele solto não controla o dele, imagina eu preso”
Ex-presidente Lula, em seu perfil no Twitter

“Preciso discordar e dizer que acho que você controla seu filho muito bem! Sempre cuidou até das economias dele, inclusive a parte das propinas, segundo seu grande amigo Palocci em delação premiada. Não adianta tentar criar álibi agora pra dizer que não sabia disso também!”
Vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, que gerencia as redes sociais do pai

Mandou bem

Numa iniciativa do senador José Antonio Reguffe (Sem partido/DF), o Senado deixou de aumentar em até 715% as taxas de cartórios. Desde 2017, ele trabalhou para retirar o texto da pauta e, na semana passada, a relatora do projeto, Rose de Freitas (ES), acatou as propostas de Reguffe. Algumas taxas deixaram de subir e outras até caíram. É o caso, por exemplo, de procurações para fins de concurso publico e sociais (educação e saúde), que cairão de R$ 39,90 para R$ 9,70. A proposta segue para a Câmara.

Mandou mal

Com apenas quatro meses de gestão, o servidor do Detran Fabricio Moura deixou o cargo de diretor-geral do departamento sob suspeita de irregularidades no contrato de empresa responsável pela manutenção dos semáforos do DF. O Ministério Público abriu uma investigação para tentar entender por que o Detran celebrou um contrato emergencial sem licitação, se o processo de concorrência pública estava pronto para publicação.

Enquanto isso… Na sala de Justiça

O procurador da República Hélio Telho, de Goiás, deu, pelo Twitter, uma opinião interessante sobre a vinculação do Coaf ao Ministério da Economia: “Eu sou a favor de manter o Coaf no Ministério da Justiça, porque lá ele será ainda mais efetivo contra a corrupção, a lavagem de dinheiro e o crime organizado. Muita gente é contra pelo mesmo motivo”.

Siga o dinheiro

R$ 1.349.869.048,39

Foi a arrecadação tributária do DF em abril, um montante 6,5% maior do que no mesmo mês do ano passado. Na ponta do lápis, foram R$ 82 milhões a mais nos cofres públicos, segundo levantamento do gabinete do deputado Chico Vigilante (PT).

A pergunta que não quer calar…

A quem interessa enfraquecer Sérgio Moro?

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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