“O perito contou 16 facadas. É muito ódio”, afirma o promotor de Justiça Daniel Bernoulli, que assina a denúncia contra Maiqui Pedro dos Santos, protocolada hoje (23), no Tribunal do Júri do Paranoá.
Maiqui, 33 anos, vai responder pelo feminicídio da companheira, Simone Santos Ribeiro, 42 anos, mãe de um bebê de um ano, fruto do relacionamento do casal.
Ele foi denunciado por feminicídio qualificado pela torpeza, crueldade e recurso que dificultou a defesa da vítima e ainda a causa de aumento de pena por haver praticado o crime na presença de um descendente. A pena pode chegar a 30 anos de prisão.
Segundo a denúncia, por volta de 20 horas de 13 de maio, Maiqui desferiu golpes de faca em Simone, causando lesões que provocaram a morte. O crime ocorreu na quadra 378, do condomínio Del Lago II, no Itapoã.
Maiqui acreditava que Simone tivesse outro relacionamento e reagiu com extrema violência. Ele entrou no quarto enquanto a mulher dormia e a atacou.
Toda a cena foi presenciada pela filha do casal de um ano que estava ao lado da mãe quando o pai a esfaqueou. “O crime ocorreu com o emprego de meio cruel, ante a multiplicidade de golpes de faca dados contra a vítima, causando nela sofrimento intenso e desnecessário”, aponta o promotor de Justiça Daniel Bernoulli.
A denúncia descreve um caso clássico de feminicídio. Maiqui matou porque Simone era mulher e ele se considerava seu dono. Pelas redes sociais, Maiqui chegou a afirmar: “Ela tem dono”.
Depois do crime, Maiqui fugiu levando a criança. Mas dias depois foi preso em flagrante.
Nas redes sociais, Simone postava fotos ao lado do companheiro e da bebê que definia como sua vida. Numa das publicações com Maiqui, de julho do ano passado, ela se referiu a ele como “meu amor”.
Mas Simone também dava sinais de que enfrentava problemas. “Como é difícil tentar reconstruir a vida. Você acha que está tudo no jeito, vem alguém e te dá uma rasteira”, afirmou em janeiro de 2023.
Num dos posts do Instagram, Simone falou de viver intensamente cada momento: “Faça cada dia valer a pena. Seja intensa e agradeça o privilégio de viver”.
A mensagem foi escrita em agosto de 2021, dois anos e nove meses antes de perder a vida, assassinada por quem deveria ser o seu maior protetor.
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