Da coluna Eixo Capital/Ana Maria Campos
O Ministério Público de Contas abriu procedimento de fiscalização para apurar a eficiência da política sanitária da Secretaria de Saúde para atender a população de rua.
Segundo a procuradora Cláudia Fernanda de Oliveira Pereira, há evidências de que os chamados “consultórios de rua”, as equipes que fazem o trabalho de atendimento a essa população vulnerável precisam aumentar em número e organização para chegar aos locais onde há mais necessidade, principalmente nesta época de frio do inverno.
Segundo o MP de Contas, há cinco equipes, no DF, quando o número ideal seria mais que o dobro, 12.
Segundo informações prestadas pela Secretaria de Saúde, somente em 2027, o DF conseguirá implementar sete novas equipes. Apesar de itinerante, há equipes sem motoristas, além de outras sem cirurgiões dentistas, por exemplo.
Quatro regiões concentram mais de 60% dos sem teto
O número de moradores em situação de rua no país cresce a cada ano e o mesmo acontece no DF.
De acordo com representação da procuradora Claudia Fernanda, hoje, há quase três mil pessoas sem teto no DF, inclusive crianças e adolescentes, sendo que, aproximadamente, a metade está nas ruas há mais de cinco anos.
A maioria dos moradores de rua vive no Plano Piloto (24,8%), São Sebastião (13,1%), Ceilândia (12,6%) e Taguatinga (11,9%). Mas não há, por exemplo, equipes que atendam São Sebastião, a segunda área de maior concentração dessa população.