AGATHA GONZAGA
A opção de deixar de fora o Estádio Nacional Mané Garrincha da Copa do Mundo Sub-17 foi da Federação Internacional de Futebol (FIFA), de acordo com o secretário de Esporte e Lazer do DF, Leandro Cruz. As partidas do torneio na capital ocorrem no Estádio Bezerrão (Gama).
Cruz fez a afirmação em entrevista ao programa CB.Poder — parceria do Correio com a TV Brasília, na tarde desta segunda-feira (28).
“O Sub-17 não vai ocorrer no Estádio Mané Garrincha porque não é da característica do evento. Ele é um evento para um estádio de 15 mil pessoas e não para 60 mil. Em segundo lugar, a FIFA e a CBF fizeram um negócio muito legal. Elas querem deixar legados em estádios que não foram da Copa do Mundo”, disse.
Ele ainda destacou a importância dos investimentos feitos pela FIFA no Bezerrão. “Se a gente pode ter o investimento no gramado, na iluminação, na limpeza e na infraestrutura que está tendo no Bezerrão, todo pago pela FIFA, por que nós vamos colocar isso no Mané Garrincha?”, questionou. “Para entregar esse estádio depois para a iniciativa privada em janeiro do ano que vem, como vai ser entregue?”, acrescentou.
Gramado
Sobre as complicações do maior estádio da capital, o secretário falou sobre o gramado: “É um problema de concepção de construção”. Parte do gramado não recebe luz solar em nenhuma estação do ano. Uma possível solução, segundo o chefe da pasta, seria usar “um misto de grama natural e sintética pra que a gente tenha ali uma grama de suporte, assim como padrão FIFA instalado no Bezerrão”.
Leandro Cruz também confirmou que o Mané Garrincha foi oferecido para os organizadores da Copa Libertadores da América (Conmebol) para a realização da final. A partida está prevista para ocorrer no Chile em 23 de novembro, mas o país enfrenta crise por causa de protestos populares. “Se o Chile vacilar com a final da libertadores, nós podemos fazer aqui em Brasília.” A Conmebol, porém, sustenta que a partida ocorrerá na cidade chilena.