Uma empresa da família do ex-senador Luiz Estevão, que cumpre pena em regime semi-aberto, comprou, na última terça-feira (28/1), a antiga residência oficial da Casa Civil.
O imóvel, localizado na Península dos Ministros, foi arrematado em concorrência pública por R$ 10,8 milhões, segundo o Ministério da Economia. A mansão foi ocupada, no passado, pela ex-presidente Dilma Rousseff e por José Dirceu, quando comandaram a Casa Civil.
A mansão foi arrematada pela Bricco Construções, registrada no nome de dois filhos do ex-senador. A empresa foi aberta em abril de 2019 com capital social de R$ 1 mil.
No ano passado, o ex-senador tentou parcelar em 120 vezes multa de R$ 8 milhões pela condenação pelos desvios na obra do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP). À época, a defesa argumentou que os bens de Luiz Estevão foram bloqueados por força de decisões judiciais, o que impossibilitaria o pagamento em uma única parcela.
O pedido foi negado pela Justiça, assim como outra tentativa de dividir a dívida. ““É fato notório que o apenado é um dos homens mais ricos do Distrito Federal, quiçá, do Brasil e este fato notório é extraído de várias manifestações públicas do próprio sentenciado”, escreveu a juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais, ao indeferir a solicitação.
Luiz Estevão foi preso em março de 2016 pelo escândalo nas obras do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP). As irregularidades cometidas pelo empresário começaram já na construção do fórum em 1992.
Os fatos só vieram à tona em 1998 quando Estevão revelou o esquema em CPI realizada para investigar o Poder Judiciário. O desvio, em valores da época, foi de R$ 170 milhões e culminou na prisão do juiz Nicolau dos Santos Neto, presidente do TRT-SP no período em que os desvios ocorreram.
Ao longo do processo, Estevão apresentou sucessivos recursos ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) para conseguir postergar o início do cumprimento da pena.
Em março de 2019, Estevão conseguiu autorização para progredir para o regime semiaberto, depois de cumprir um sexto da pena.
Atualmente, ele dá expediente na P&G Imobiliária e Administração Ltda, empresa de gerenciamento de imóveis no localizada Edifício Brasil 21, no Setor Hoteleiro Sul.
Coluna Eixo Capital, publicada em 21 de novembro de 2024, por Pablo Giovanni (interino) Um…
Coluna Eixo Capital publicada em 21 de novembro de 2024, por Pablo Giovanni Um áudio…
Da Coluna Eixo Capital, por Pablo Giovanni (interino) Um relatório da Polícia Federal, que levou…
Texto de Pablo Giovanni publicado na coluna Eixo Capital nesta terça-feira (19/11) — O ministro…
Coluna publicada neste domingo (17/11) por Ana Maria Campos e Pablo Giovanni — A Polícia…
ANA MARIA CAMPOS O colegiado da Comissão Eleitoral da OAB se reuniu na noite desta…