Denunciada por lavagem de dinheiro, a ex-deputada distrital Liliane Roriz foi absolvida pelo Conselho Especial do Tribunal de Justiça do DF nesta terça-feira (22/01). Em 2016, a filha caçula do ex-governador Joaquim Roriz virou ré por suposto envolvimento em um esquema de crime contra a administração pública. De acordo com a denúncia do Ministério Público do DF, a ex-parlamentar teria recebido dois apartamentos no Edifício Monet, em Águas Claras, após a aprovação de um suposto empréstimo fraudulento no BRB, quando seu pai comandava o Palácio do Buriti.
Liliane foi absolvida por falta de provas. A maioria dos desembargadores entendeu que o MP não conseguiu demonstrar o envolvimento da ex-distrital no suposto esquema. A absolvição foi por 17 votos a 1 – somente o desembargador Humberto Ulhôa votou pela condenação.
Antes do julgamento, a defesa de Liliane Roriz tentou cancelar a análise do caso, com um pedido para que o processo fosse remetido à primeira instância. O argumento era de que, como a ex-deputada perdeu o foro privilegiado ao não se reeleger, a ação penal deveria ser enviada a uma vara criminal comum. Mas, por unanimidade, os desembargadores decidiram manter o julgamento no Conselho Especial.
Outros integrantes da família Roriz supostamente envolvidos no esquema também foram denunciados e a ação penal tramita na 2ª Vara Criminal de Brasília. Na primeira instância, já foi realizado o interrogatório de vários réus, como Jaqueline e Wesliane Roriz, filhas do ex-governador Joaquim Roriz, e outros quatro acusados.