Coluna Eixo Capital/Por Helena Mader
Um debate jurídico de extrema relevância para os servidores públicos do Distrito Federal será travado pelo Tribunal de Contas do DF. A Corte vai analisar se a licença-prêmio paga ao funcionalismo tem caráter indenizatório ou remuneratório. Hoje, o benefício é considerado uma verba indenizatória e, portanto, o montante pago não entra no teto, nem tem incidência de imposto de renda. Mas o corpo técnico do TCDF tem questionado esse entendimento. Amanhã, os conselheiros vão julgar um processo relacionado ao pagamento da pecúnia de servidores da Câmara Legislativa, mas o entendimento pode ser estendido a outras categorias.
No relatório que subsidiará o julgamento, auditores citam diversos precedentes do Supremo Tribunal Federal, em que ministros consideraram que a licença-prêmio não pode ser classificada como indenização. E que, portanto, os valores devem ser submetidos ao teto do funcionalismo. “Não se pode considerar como indenização a remuneração total do servidor, ainda que para o fim específico de servir como base para o cálculo da licença-prêmio. A afirmação do caráter indenizatório acarretaria enriquecimento sem causa do servidor, ante o fato de que, caso tivesse sido usufruída, a licença-prêmio teria sido remunerada mediante pagamento do vencimento do mês, após a devida aplicação do teto”, diz trecho de uma das decisões do STF mencionadas na auditoria.
Há decisões recentes do TCDF determinando que servidores da CLDF beneficiados pela licença-prêmio devolvam aos cofres públicos os valores que extrapolaram o teto constitucional. Muitos recorreram à Justiça com mandados de segurança e conseguiram liminares para não terem que restituir os valores recebidos. O enquadramento da licença-prêmio no teto constitucional atinge poucos servidores, principalmente os mais antigos, que têm salários altíssimos após a incorporação de benefícios. Por isso, o sindicato que representa os servidores da Câmara Legislativa e do próprio TCDF evita entrar com uma ação coletiva pedindo que a licença-prêmio não entre no cômputo do teto. O receio é de gerar polêmica e de motivar uma pecha de servidores marajás, em um momento de grave crise financeira.
A obrigatoriedade da cota de 30% de candidaturas femininas, imposta pela legislação eleitoral, gerou escândalos de candidatas laranjas em vários partidos, no último pleito. Por conta da repercussão negativa das denúncias, o senador Angelo Coronel (PSD/BA) protocolou o projeto 1256/2019, que acaba com a cota, colocando em risco a representatividade feminina na política. Ontem, a senadora Leila Barros (PSB-DF) discursou na tribuna contra o controverso projeto. Disse que a legislação de cotas foi a maior vitória das mulheres na política desde a conquista do direito ao voto feminino, em 1932. “Ainda assim, temos a menor representatividade feminina das Américas”, lembrou a senadora.
Mais de 40 dias depois da aprovação do projeto pela Câmara Legislativa, o governo lançou ontem o chamamento público para as papelarias interessadas em se cadastrar no programa Cartão Material Escolar. A ideia era garantir as necessidades dos alunos carentes da rede pública para o ano letivo de 2019, mas a ajuda vai chegar quase no fim do primeiro semestre. É que as papelarias têm até 8 de maio para se cadastrarem e só depois disso é que os beneficiários poderão começar a usar os cartões para compra de material escolar. A estimativa do governo é de investir R$ 27,4 milhões no programa este ano.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ruy Coutinho, e o presidente da Terracap, Gilberto Occhi, se reuniram ontem com o embaixador de Israel no Brasil, Yossi Abraham, para tratar sobre investimentos na capital federal. Os israelenses têm interesse na área de alta tecnologia, de medicina de ponta e em investimentos industriais. Os representantes do GDF apresentaram as áreas de desenvolvimento econômico do Distrito Federal, em especial o Polo JK, que recebeu US$ 71 milhões em obras de infraestrutura, com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento. As conversas vão continuar, e a expectativa é de atrair o empresariado israelense para o DF.
A Justiça aceitou uma denúncia contra a deputada federal Erika Kokay (PT), e a parlamentar virou ré por peculato. De acordo com a denúncia, entre dezembro de 2006 e outubro de 2007, quando a petista ocupava o cargo de distrital, ela e seu ex-chefe de gabinete se apropriaram de parte do salário de uma assessora parlamentar lotada no gabinete. O Supremo Tribunal Federal (STF) remeteu o processo à primeira instância em maio de 2018, logo após a restrição do foro privilegiado. Em setembro, a 7ª Vara Criminal rejeitou a denúncia. Entretanto, o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) contestou a decisão, e a 1ª Turma Criminal deu provimento ao recurso.
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