Decisão liminar do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás suspendeu novamente, nesta segunda-feira (14/12), as investigações contra o padre Robson de Oliveira, por suspeitas de desvio de dinheiro por meio da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), com sede em Trindade (GO).
As apurações tinham sido pausadas em outubro por meio de um habeas corpus, mas, na sexta-feira (7/12), decisão do presidente do Tribunal de Justiça, Walter Carlos Lemes, permitiu a retomada, atendendo a pedido do Ministério Público de Goiás (MPGO).
A defesa do sacerdote, que alega não existir qualquer irregularidade, recorreu. O desembargador Leobino Valente Chaves acolheu a argumentação dos representantes do padre e suspendeu os efeitos da decisão anterior. O mérito ainda não foi julgado.
“Quando examinado e em compreensão sumária, evidencia-se possível traço de teratologia no ato impugnado, ao representar substitutivo unívoco à decisão colegiada atacada pelo Recurso Especial, tarefa que desborda da atribuição da Presidência da Corte Local, e que se encontra constitucionalmente reservado ao Superior Tribunal de Justiça”, escreveu o desembargador na peça.
Deflagrada em outubro, a investigação mirava uma suposta teia de movimentações financeiras irregulares, envolvendo a compra e venda de imóveis em Goiás e outros estados.
O Ministério Público de Goiás chegou a pedir a prisão do padre, mas a solicitação foi negada.
A defesa do sacerdote nega qualquer irregularidade.
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