Nas negociações para reajustes salariais, o chefe da Casa Militar, Cláudio Ribas, quer que o governo trate com isonomia os policiais civis e militares. Significa dizer que as duas categorias devem receber o mesmo percentual de aumento no contracheque, caso seja possível aprovar novas despesas nas folhas de pagamento das forças de segurança pública. Influente nas decisões do Palácio do Buriti, Ribas já conversou sobre o assunto com o governador Rodrigo Rollemberg e com o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio. Ele alertou para um perigo iminente: ampliar, com um aumento de mais de 20% desejado pela Polícia Civil, a diferença salarial entre delegados e coronéis ou entre praças e agentes pode provocar uma crise na PM. “Durante muito tempo, havia uma insatisfação na Polícia Militar. Hoje a situação é bem mais tranquila porque não há mais tantas discrepâncias”, afirma o chefe da Casa Militar. “Dar reajustes diferentes, se o governo puder aumentar os salários, vai causar uma grande insatisfação na corporação”, disse Ribas, em conversa com a coluna.
Reajuste zero
O problema do tratamento igualitário para todas as forças de segurança é que todo mundo pode acabar sem aumento.
Pedido de ajuda
Os reajustes de policiais civis e militares foi o tema de reunião ontem dos deputados Alberto Fraga (DEM-DF) e Laerte Bessa (PR-DF) com o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Bessa pediu que a União assuma o controle da segurança pública do DF, tirando do governador o poder de gestão. A audiência foi acompanhada por Tadeu Filippelli, assessor especial do presidente em exercício, Michel Temer.