ANA MARIA CAMPOS
Alvo da quarta fase da Operação Falso Negativo, a auditora de finanças e controle Renata Mesquita D’Aguiar foi exonerada do cargo de diretora de Gestão de Fundos e Benefícios do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O ato de exoneração, assinado pelo ministro da Casa Civil, Braga Netto, está publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (05/03).
A exoneração não ocorreu a pedido. Renata perdeu o cargo pelo qual recebia uma função comissionada DAS 101.5, com salário bruto de R$ 13.623,39, depois que promotores de Justiça e policiais civis cumpriram mandado de busca e apreensão na casa dela, na Asa Sul, quarta-feira (03/03).
Candidata a deputada distrital pelo PP na última eleição, Renata assumiu a função no FNDE em julho do ano passado, por indicação do presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI).
Renata e o marido, Fábio Gonçalves Campos, são suspeitos de intermediar a contratação superfaturada de fornecimento de kits para testes de covid-19.
Durante as buscas, policiais apreenderam R$ 280 mil em cédulas espalhadas pelo carro de Fábio, que estava estacionado em frente ao prédio em que o casal vive.
No caso de Fábio, os promotores do Gaeco-DF reuniram conversas por WhatsApp entre ele e o dono da empresa contratada pela Secretaria de Saúde. Num dia diálogos, ele diz que não poderia aparecer no negócio.
Quanto a Renata, os investigadores suspeitam da participação dela porque dois outros investigados trabalhavam sob a sua orientação em órgãos por onde ela passou.
O Correio tenta contato com a defesa do casal.