Coluna Eixo Capital/Por Ana Maria Campos
O governador Ibaneis Rocha (MDB) tirou o dia ontem para visitas ao Legislativo e ao Judiciário. Esteve na abertura dos trabalhos dos deputados distritais e também foi ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Ibaneis se reuniu com os desembargadores Romeu Gonzaga Neiva e Roberval Belinati. Conversou sobre vários temas de interesse do Judiciário, entre eles, precatórios, reforma do prédio do TJ, que aguarda conclusão de perícia, e construção de estacionamento na lateral do Parque da Cidade, para atender o Tribunal de Justiça, Ministério Público e Câmara Legislativa. Falou também sobre projeto em estudo, que visa à contratação de advogados para auxiliarem a Defensoria Pública. A advogada Kaline Gonzaga Costa, ex-chefe de gabinete do Governador, participou do encontro. Romeu Gonzaga Neiva, pelo critério da antiguidade, deve ser o próximo presidente do TJDFT. A eleição será em 14 de fevereiro.
Mané Garrincha, a nova polêmica
Para mudar o nome do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, como sugeriu ontem, o governador Ibaneis Rocha (MDB) terá de convencer os deputados distritais a apoiá-lo. É que existe uma lei distrital que batiza o estádio com o nome do jogador de futebol conhecido como o rei do drible. Em 2012, o então governador Agnelo Queiroz (PT) vetou o projeto, por pressão da FIFA. Mas a Câmara derrubou o veto. Ibaneis sugeriu nomear o complexo de “Arena BRB”, como forma de divulgar o banco, numa ação de marketing.
Boa oratória
Como bom advogado, o governador Ibaneis Rocha (MDB) fez um pronunciamento na Câmara Legislativa ontem sem ler, apenas com algumas anotações. Tem o dom da oratória. Ao iniciar o discurso no plenário, disse que preferia falar da tribuna do que sentado à Mesa.
Modéstia às favas
Aliás, o governador Ibaneis Rocha afirmou que, para ingressar na política, teve de abrir mão de uma atividade que lhe fazia muito bem. E parafraseou o ministro Gilmar Mendes: “modéstia às favas”.
Apaixonado
Ibaneis também colocou em dúvida o projeto de reeleição. Disse que depende da aceitação popular. Mas deixou claro que “está apaixonado pela política”. “É a forma de ajudar meu povo”, justificou.
Contas delegadas à ex
No governo, Ibaneis Rocha conta com o secretário de Economia, André Clemente, para administrar o orçamento. Mas, na vida pessoal, segundo ele disse ontem, esse encargo é de sua ex-mulher, Luzineide de Carvalho, mãe de seus dois primeiros filhos, Caio e João Pedro.
A Bahia é aqui?
Nos redutos tradicionais de carnaval, como Salvador, Olinda e Rio, a folia não acaba na quarta-feira de cinzas. Mas Brasília, neste ano, vai bem além. Uma portaria da Secretaria de Cultura e Economia Criativa estabelece o período carnavalesco no DF de 8 de fevereiro, próximo sábado, até 23 de março.
R$ 75 milhões gastos sem planejamento na saúde
Auditoria do Tribunal de Contas do DF aponta que a má-gestão de recursos públicos para compra de órteses e próteses pode chegar a R$ 75 milhões. A fiscalização identificou fraudes nas licitações, indícios de conluio de empresas, compra em quantidade muito maior do que a necessidade, aquisição de materiais obsoletos, falta de controle na distribuição dos materiais, armazenamento precário, entre outras atividades. Em nenhum momento, no entanto, o TCDF determinou que esses equipamentos fossem incinerados. A recomendação é de que os prazos de validade fossem levados em conta para evitar desperdícios. Ocorre que o atual governo herdou muitas peças já sem condições de uso e terá de encontrar uma solução.
Reação
A deputada federal Flávia Arruda (PL-DF) convocou para hoje reunião extraordinária da comissão externa de combate à violência contra a mulher e feminicídio para discutir a falta de investimentos para programas voltados ao tema. Em 2019, nenhum valor foi aplicado no principal programa do governo federal, a Casa da Mulher Brasileira.
Coisas da política
O presidente da Câmara, Rafael Prudente (MDB), foi a única ausência no plenário ontem. Ele estava viajando. Mas a falta no primeiro dia dos trabalhos despertou várias teses. Coisas da politica. Nada passa em vão.