ALEXANDRE DE PAULA
O governador eleito Ibaneis Rocha (MDB) subiu o tom, nesta sexta-feira (18/01), ao falar sobre a resistência de distritais à votação, em sessão extraordinária, do projeto de lei que prevê a extensão do modelo de gestão do Hospital de Base, o qual permite compras sem licitação e contratações pelo regime celetista, ao núcleo da rede pública — hospitais regionais, Samu, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades de Referência Distrital (URDs). O emedebista disse que responsabilizará os deputados pelas mortes que ocorrerem na saúde, caso a proposta, que consta no pacote emergencial encaminhado à Câmara Legislativa, não seja aprovada.
“Em meses, várias pessoas vão morrer. Eles escolhem o que querem, a partir daí eu vou entrar com uma ação contra cada um pela morte de cada cidadão. Ou dão os instrumentos para que o governo consiga fazer, ou vamos ter um enfrentamento grave”, disparou o governador, em resposta ao posicionamento de parlamentares que indicam a necessidade de mais tempo para a discussão.
Na fala, Ibaneis ainda desafiou os parlamentares a “rasgarem” os planos de saúde e a usarem o serviço público da capital federal. “Se eles tiverem coragem de fazer isso, eu topo suspender o projeto e discutir. Eles vão ter que ficar na mesma situação da população que está sofrendo.”
Ibaneis afirmou também que não fará novas nomeações até a avaliação do pacote emergencial em plenário. “Vou suspender qualquer nomeação até que esses projetos sejam aprovados pela Câmara Legislativa, para acabar com essa história de troca-troca de cargos.”
O governo espera que a sessão extraordinária seja realizada até quarta ou quinta-feira da próxima semana. Além da ampliação do Instituto Hospital de Base, a criação de gratificação para que policiais civis trabalhem nas folgas é outra prioridade do governador.
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