Coluna Eixo Capital/Por Ana Maria Campos
Renovação no MDB é a bandeira do governador Ibaneis Rocha. Na reunião da executiva há um mês, ele pregou distanciamento de emedebistas enrolados em crimes de corrupção, como Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima. Mas poupou o ex-presidente Michel Temer, a quem emprestou o avião para viagem do Rio a São Paulo, logo depois da temporada do emedebista ilustre na prisão. Agora Ibaneis prega a escolha de um novo comando do MDB/DF. Ele defende que o presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente, seja escolhido presidente ou a secretária da Mulher, Ericka Filippelli. Hoje o partido é presidido pelo ex-vice-governador Tadeu Filippelli.
Tadeu Filippelli preside e comanda o MDB há duas décadas. Sempre teve votos para levar o partido para os rumos políticos que considerava apropriados. Conseguiu até mesmo superar o poder de Joaquim Roriz, que governou o DF quatro vezes e sempre teve voto na cidade. Isso ocorreu depois que o ex-governador se envolveu em operação suspeita na Operação Aquarela e renunciou ao mandato de senador, em 2007. Sem cargo público, Roriz se enfraqueceu. O mesmo pode acontecer agora com Filippelli. Alvo da Operação Panatenaico, que envolve denúncias de corrupção no Estádio Mané Garrincha e no Centro Administrativo do DF, Filippelli não conseguiu se eleger deputado federal. E o cenário agora é bem diferente de outros tempos. Aliados do ex-vice-governador estão enfraquecidos.
Neste momento, o legado do governo de Agnelo Queiroz, entre 2011 e 2014, vive seu pior momento. O petista está inelegível, sem mandato, num partido sem força no DF e respondendo a ações penais e de improbidade. O ex-vice-governador Tadeu Filippelli corre o risco de perder a presidência do MDB/DF, não se elegeu e foi denunciado por corrupção. De área vital, o ex-secretário de Saúde Rafael Barbosa e seu adjunto, Elias Miziara, estão presos preventivamente por suspeita de trazer para Brasília o esquema do ex-governador do Rio Sérgio Cabral.
Aliados do governador Ibaneis Rocha avaliam que ele exagerou nas críticas ao ex-secretário de Saúde Rafael Barbosa, preso na última terça-feira na Operação Contêiner. Ibaneis comentou as suspeitas e foi duro. Aliados acharam over porque Barbosa ajudou com ideias na campanha e concorreu nas eleições de 2014 como candidato a deputado federal pelo MDB.
Para o projeto do senador Izalci Lucas (PSDB/DF) de concorrer ao Palácio do Buriti nas próximas eleições, até que foi uma boa não ter emplacado como ministro da Educação. A pasta tem potencial de provocar problemas e desgaste pelo aparelhamento ideológico.
No meio político, o comentário é de que o tucano Izalci Lucas já foi quase tudo: candidato a governador, vice-presidente do Senado e ministro da Educação. Mas ele pode comemorar ter conseguido ser eleito senador.
A educação é, na avaliação do governador Ibaneis Rocha, a área que mais precisa avançar. Ele elogia o trabalho do secretário da área, Rafael Parente, mas aponta que o setor ainda tem muito a melhorar.
O presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente (MDB), deve assumir o Governo do DF no fim de abril. O governador Ibaneis Rocha e o vice Paco Brito se preparam para viajar para a Europa, em missões diferentes.
O governador Ibaneis Rocha prometeu começar a pagar os reajuste para as três forças de segurança neste ano, apesar da falta de recursos e da decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de descontar o Imposto de Renda dos salários de policiais e bombeiros, o que corresponde a R$ 700 milhões a menos nos cofres públicos do DF. Segundo Ibaneis, o Fundo Constitucional, que custeia a segurança, ficará intacto e a perda ocorrerá no tesouro local, com a redução da arrecadação tributária. Então, o corte ocorrerá em outras áreas. Mas, para o aumento das Polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros sair, é preciso articulação política dos sindicatos e representantes das categorias para que a autorização tramite rapidamente e sem percalços no Congresso, num momento em que a prioridade do presidente Jair Bolsonaro é aprovar a reforma da Previdência.
Com tantas promessas e falta de dinheiro, o cargo de secretário de Fazenda, Planejamento, Orçamento e Gestão é o mais ingrato. Pagar em dia é obrigação. Não honrar dívidas é encrenca, principalmente com servidores.
Na garagem da casa do empresário Ronald de Carvalho, dono da Metalúrgica Valença, que forneceu material para UPAs do DF, policiais civis encontraram uma frota avaliada em cerca de R$ 1 milhão em carrões importados: uma Mercedes, dois porsches e duas BMWs. Apontado como integrante do esquema do ex-governador Sérgio Cabral no Rio, ele teve a prisão preventiva decretada pela Justiça do DF na Operação Contêiner, deflagrada na última terça-feira, e se apresentou ontem no Rio de Janeiro. Seria transferido para a carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE), em Brasília, mas, horas depois de se entregar, ele conseguiu uma liminar em habeas corpus no Tribunal de Justiça do DF. Segundo os promotores do Gaeco, o esquema das UPAs do Rio foi exportado para o DF em governos anteriores.
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