Coluna Eixo Capital/Por Alexandre de Paula
Está em análise no governo local um reajuste nas tarifas de ônibus para valer ainda em janeiro. A medida seria uma forma de barrar o rombo no valor do subsídio bancado pelo GDF, que está em R$ 700 milhões. O assunto foi debatido ontem no Conselho de Mobilidade. O valor do possível aumento não foi estabelecido, mas técnicos do governo estão debruçados nos cálculos para a definição. Outra mudança no sistema de transporte será a exigência do Executivo para que empresas coloquem 80 ônibus a mais rodando na capital.
Aumentos anteriores
O reajuste mais recente ocorreu em 2017, no governo de Rodrigo Rollemberg (PSB). À época, as linhas circulares internas passaram de R$ 2,25 para R$ 2,50; as de ligação curta foram de R$ 3 para R$ 3,50; e as viagens de longa distância e integração subiram de R$ 4 para R$ 5. No governo de Rollemberg, os valores também aumentaram em 2015.
Subsídio
O governador Ibaneis Rocha (MDB) comentou em algumas ocasiões a dificuldade de manter o valor do subsídio para as empresas de ônibus. Em entrevista ao Correio em setembro, ele deu a seguinte declaração ao falar sobre os gastos com Passe Livre: “Não há dinheiro para investir em mobilidade, porque tudo vai no Passe Livre, nas gratuidades e nas absorções. Se eu aumento tarifa para investir em mobilidade, todo mundo reclama. De onde vem o dinheiro? Essa é a grande pergunta que temos de fazer”.
De olho no Congresso
Está nos planos do deputado distrital Rodrigo Delmasso (Republicanos) tentar desafios mais altos na próxima eleição. A ideia é disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados em 2022. O que pesa para isso, no entanto, é uma possível candidatura à reeleição do correligionário Julio Cesar. Os dois têm base eleitoral no mesmo segmento — os evangélicos — e a avaliação é de que a divisão resultaria no fracasso das duas campanhas. Uma possibilidade que abre caminho para Delmasso nesse sentido é a de que Julio Cesar tente o Senado.
Dificuldades carnavalescas
Às vésperas de fevereiro, o carnaval de Brasília esbarra em questões burocráticas. Dos 66 blocos habilitados para receber verbas do edital do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) voltado para a folia, 59 não passaram pela fase de admissibilidade. Os grupos têm agora até 20 de janeiro para recorrer adequar a documentação pedida pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Nesta semana, o chefe da pasta, Bartolomeu Rodrigues, afirmou que o governo não fará concessões às exigências legais para evitar possíveis problemas de improbidade.
Presença digital
Com instalação em andamento durante o recesso parlamentar, o painel eletrônico da Câmara Legislativa do Distrito Federal estará em funcionamento na primeira sessão do ano, em 4 de fevereiro. O equipamento, além das votações, será usado para registrar a presença dos parlamentares em plenário. A tecnologia deve evitar denúncias como as que envolveram o distrital Robério Negreiros, suspeito de fraudar a folha de ponto da Casa.
Apelido maldoso
Por causa das investigações contra o deputado e pela novidade no sistema de registro de presenças, o painel ganhou um apelido provocador nos bastidores da Casa: Robério.
“Que em 2020 tenhamos mais grandeza. Não no sentido da arrogância, mas da fé em nosso destino.”
Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República em artigo publicado no Estadão
“FHC pedindo grandeza (não foi ele quem passou a reeleição e segurou a desvalorização até assumir o 2o mandato?); para não sermos arrogantes (sem comentários); para termos fé (ele não é ateu?).”
Abraham Weintraub, ministro da Educação