Coluna Eixo Capital, de 8 de setembro de 2023, por Ana Maria Campos
A segurança foi tão reforçada ontem na Esplanada dos Ministérios no desfile do 7 de Setembro que, em meio ao desfile cívico, deu a impressão que havia mais militares que civis nas ruas. Foi a volta à paz na Praça dos Três Poderes, sem confusão. Depois do 8 de janeiro, o governador Ibaneis Rocha foi dormir ontem tranquilo, pelo sucesso do policiamento, de uma festa bonita, como o presidente Lula esperava.
Fiscalização para evitar surpresas
O procurador dos Direitos do Cidadão, José Eduardo Sabo Paes, e o promotor Nisio Tostes, chefe de gabinete da Procuradoria-geral de Justiça do DF, estiveram na Praça dos Três Poderes na véspera do 7 de Setembro para fiscalizar a organização do policiamento entre os prédios da República. Estava tudo preparado, mas o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) chegou a tempo para verificar eventuais falhas. Nisio foi ao local com a experiência de quem esteve, por mais de 20 anos, à frente da MPDFT e reúne experiência e respeito para lidar com policiais e bombeiros militares no DF.
Na tribuna
A jornalista Kátia Cubel foi com a família acompanhar da tribuna de honra o desfile do 7 de Setembro ontem. Ela contou que esse é um programa que faz desde criança e ontem foi dia de memórias da infância.
Verde e amarelo para todos
O presidente do Instituto Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, mostrou ontem que o verde e amarelo não é algo restrito ao bolsonarismo. Ele participou da festa cívica vestido com as cores da nossa bandeira. Foi a sua contribuição para a redemocratização dos símbolos nacionais.
Mais patriotas
Outros aliados do presidente Lula aproveitaram o momento, tiraram as roupas em verde do armário e foram às ruas. Foi o caso do vice-presidente da Câmara Legislativa, Ricardo Vale (PT).
Momento de reafirmação
Os bolsonaristas também saíram às ruas para comemorar o dia da pátria de verde e amarelo. É o momento de reafirmação, apesar da derrota e inelegibilidade de Jair Bolsonaro, como mostrou o deputado distrital Thiago Manzoni (PL), que esteve no desfile com a família.
Pescador
Nos quatro dias de folga, o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, viajou com um grupo de amigos para se embrenhar no mato por cinco dias. O descanso foi rápido, mas rendeu frutos, ou melhor, peixes: uma cachorra de cerca de 10kg foi uma das festejadas pelos pescadores. No início da semana, ele estava de volta para evitar tubarões na Praça dos Três Poderes.
Celebração em família
Como em todos os anos, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF), Roberval Belinati, foi com toda a família assistir ao desfile do 7 de Setembro. É uma tradição desde que os seis filhos do magistrado eram pequenos. Agora Belinati vai também acompanhado pelos netos.
Sem falhas
A comunidade jurídica participou unida da festa de ontem na Esplanada dos Três Poderes. Estiveram juntos o presidente do TJDFT, Cruz Macedo, a procuradora-geral do DF, Ludmilla Galvão, o presidente do TRE-DF, Roberval Belinati, o secretário de Segurança, Sandro Avelar, e o procurador-geral de Justiça do DF, Georges Seigneur. Belinati parabenizou Avelar pelo que considerou um “excelente planejamento” da parada de 7 de Setembro: “Sem nenhuma falha no sistema de segurança”, disse Belinati.
Só papos
“O ministro Toffoli peca mortalmente quando, pela sua pena, busca reescrever a história, anulando a delação da Odebrecht e pior, dizendo que a prisão de Lula foi uma ‘armação’ e ‘um erro’. Sua decisão infundada, em claro desagravo a Lula, mancha mais uma vez a justiça brasileira, uma verdadeira vergonha!”
Hamilton Mourão (PSC-RS), senador e ex-vice-presidente da República
“Todos já sabiam da inocência do presidente Lula, no caso da lava-jato, como foi anunciado pelo ministro Toffoli. Mas e Sérgio Moro? Ele e sua turma precisam pagar pelos 580 dias em que Lula ficou preso! Afinal a justiça precisa reparar muito mais do que a anulação de provas”
Chico Vigilante (PT), deputado distrital