Levantamento da Secretaria de Segurança Pública do DF detalha o perfil dos casos de feminicídio no Distrito Federal e uma comparação entre os dois últimos anos. Houve aumento da violência contra a mulher. Em 2019, foram 33 ocorrências, cinco a mais que as registradas em 2018. Também nas tentativas houve crescimento, de 62 para 89 casos.
As seis cidades com mais mortes somam 60% dos crimes em 2019. São elas: Brasília e Taguatinga, com quatro mortes cada, e Vicente Pires, Santa Maria, Planaltina e Paranoá, com três por cidade. Já Guará, Estrutural, Riacho Fundo 2 e Recanto das Emas não tiveram nenhuma morte por feminicídio no ano passado.
Em 2018, Ceilândia, com cinco casos, liderou o ranking. Mas, em 2019, houve uma queda do número de mortes na cidade, que registrou um homicídio de mulher em decorrência do gênero. Não significa, no entanto, redução da violência. Ceilândia foi a região administrativa que, no ano passado, registrou mais tentativas de feminicídios. Foram 16 casos. Em seguida, aparece Samambaia e Recanto das Emas, respectivamente, com 12 e 10 ocorrências.
Segundo o levantamento, 42% das vítimas têm entre 30 e 49 anos. Sendo que 27% têm até 29 anos. Em relação ao agressor, 59% têm entre 30 e 49 anos. A maioria (46%) mora com a vítima e agiu por ciúmes. Outros 6% eram maníacos sexuais e 3% estavam movidos por algum surto psicótico. O mais grave é que 73% das mulheres morreram dentro da própria casa, o que mostra como o feminicídio desafia as autoridades públicas pela dificuldade de ser contido.
“Em quase 70% dos casos de feminicídio, havia histórico de violência doméstica, porém não havia nenhum registro formal dela, o que impediu que o Estado pudesse interferir de alguma forma. Pior ainda, a maior parte dos casos aconteceu dentro da residência da vítima, local inacessível para as forças de segurança, se não houver um acionamento prévio”, afirma afirma o secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres.
Dos 33 casos de feminicídio ocorridos em 2019, metade (17) foi cometido com arma branca, ou seja, os assassinos mataram a facadas, o que demonstra o ódio pela vítima. Em sete crimes, a morte ocorreu por arma de fogo. A motivação do crime está relacionada à violência doméstica e familiar numa escalada crescente, sendo que 62% dos autores conhecidos possuíam antecedentes criminais.
Faixa horária de maior incidência: 36% dos crimes ocorreram à noite, no horário das 18h às 23h59 e 33% de manhã, entre as 6h e o meio-dia. Triste é a constatação de que o Poder Público não tem armas para impedir esses crimes. Na maioria dos casos de feminicídio, a Secretaria de Segurança acaba tomando conhecimento ao mesmo tempo que a imprensa. “A partir daí, as ações que nos cabem são apenas as de investigação do crime; mas, o mais importante, que é a vida da mulher atacada, já não pode mais ser recuperada”, sustenta o secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres.
A dengue está pegando muita gente e deve tirar o sossego do governador Ibaneis Rocha (MDB). A mais recente vítima ilustre é o ex-governador José Roberto Arruda, que está internado desde ontem com dengue confirmada em exame de sangue. Arruda mora no Park Way, mas a mulher dele, deputada Flávia Arruda (PL-DF), não acredita que ele tenha sido picado lá pelo Aedes. No condomínio onde o casal mora com as duas filhas, ninguém ficou doente. O ex-governador tem rodado o DF de bike e pode ter sido infectado em muitos lugares por onde passou pedalando.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, foi o entrevistado de ontem do programa Pânico, transmitido pela Rádio Jovem Pan, e precisou responder às provocações feitas pelo ex-deputado Alberto Fraga na coluna Eixo Capital. Fraga disse que Moro parece um menino buchudo e não entende nada de segurança pública. O ex-juiz respondeu que todos estão acostumados a vê-lo no trabalho contra a corrupção, mas os principiais casos de violência estão relacionados a organizações criminosas, tema que ele domina bastante.
Comentário do procurador Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba: “Seguiremos trabalhando duro, mas as chances de uma nova Lava-Jato existir e ter sucesso vêm sendo significativa e progressivamente diminuídas. Se nada mudar até o fim da operação, será mais difícil investigar e processar a corrupção depois dela do que era antes”.
“O Rio de Janeiro precisa de união nesse momento em que milhares de famílias perderam suas casas com as huvas que atingiram o Norte e o Noroeste do estado. Minha ligação para o general Mourão foi para strar união, pedir apoio e dar satisfação ao povo e aos prefeitos em uma hora tão difícil”
Governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), após a repercussão da divulgação de uma conversa que ele gravou sem o consentimento do interlocutor, o vice-presidente Hamilton Mourão
“Ele, pelas imagens, está no seu carro e um assessor filma. E ele liga para o presidente em exercício. Eu acho que não é usual alguém fazer isso. Eu não gostaria que fizessem comigo, não interessa qual seja o assunto. O que se trata por telefone tem que ser reservado”
Presidente Jair Bolsonaro, em Nova Délhi, na Índia
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