Eurides Brito
Eurides Brito Crédito: Valério Ayres/CBPress Eurides Brito

Caixa de Pandora: Eurides é condenada a 10 anos de prisão

Publicado em CB.Poder

ANA MARIA CAMPOS

A ex-deputada Eurides Brito (PMDB) foi condenada a 10 anos de prisão em regime fechado por corrupção, ao supostamente vender apoio político em troca de uma mesada paga por Durval Barbosa. Esta é a terceira sentença em ações penais da Operação Caixa de Pandora, proferida ontem à noite (05/05), pelo juiz Paulo Afonso Carmona, da 7ª Vara Criminal de Brasília.

Na sentença, o magistrado registra que Eurides recebeu pagamentos de Durval entre setembro e dezembro de 2006 e entre setembro de 2007 e novembro de 2009. A ex-deputada poderá aguardar o julgamento da apelação em liberdade.

Eurides Brito está fora da política desde o escândalo da Pandora. Ex-secretária de Educação, a peemedebista é um dos personagens filmados por Durval Barbosa nas rumorosas cenas em que entrega dinheiro. No caso da ex-distrital,  ficou famosa a imagem em que ela guarda as cédulas na bolsa.

Eurides se recusou a renunciar ao mandato parlamentar, como outros envolvidos no episódio fizeram, e acabou sendo cassada, em 2010, pelos colegas na Câmara Legislativa. Foram 16 votos a favor, três contrários e três abstenções.

Ela também sofreu condenação em ação de improbidade administrativa, confirmada em segunda instância, e está inelegível.

No processo. Eurides negou que recebesse pagamentos mensais de Durval. Ela disse que o conhecia pela relação política que mantinha com Joaquim Roriz e levou o dinheiro por considerar que se tratava de uma ajuda do então governador do DF para a realização de um evento político.

Nesta sexta-feira, o juiz Paulo Carmona condenou o ex-governador José Roberto Arruda a 3 anos e 10 meses de reclusão em semi-aberto e o ex-deputado Odilon Aires a 9 anos de prisão, em regime fechado.

No caso de Odilon, a acusação é igual à de Eurides: vender apoio político em troca de uma meneada paga por Durval. Arruda foi condenado por falsificar quatro recibos que justificariam o dinheiro recebido de Durval como doações para a compra de panetones. Mas esse é apenas um dos processos. O ex-governador responde a 12 ações penais da Operação Caixa de Pandora.