Ilustração 2018 Crédito: Cícero Lopes/CB/D.A Press

Eleições municipais sinalizam guinada conservadora para 2018 no DF

Publicado em CB.Poder

Nas eleições municipais, as urnas deram um recado e tanto para quem planeja candidaturas em 2018 no Distrito Federal. O repúdio ao político tradicional, demonstrado na vitória do empresário João Dória Júnior (PSDB) em São Paulo e do ex-cartola Alexandre Kalil (PHS) em Belo Horizonte, é um sinal de que, em tempos de Lava-Jato, há um desgaste de nomes que estão muito tempo em exposição com um passado questionável, mesmo que na largada pareçam competitivos.

 

A guinada conservadora, com a eleição de Marcelo Crivella (PRB) aponta que evangélicos têm espaço de crescimento. Não faltam exemplos de quem poderia surfar nessa área, como o Bispo Robson Rodovalho, da Sara Nossa Terra, ou o deputado Ronaldo Fonseca (PROS). Mas o desempenho de Marcelo Freixo (PSol), que chegou ao segundo turno, indica que há uma bandeira forte também contra o discurso religioso, que pode construir mandatos parlamentares, no mínimo. Esse é um filão para representantes do PSol, como a ex-deputada Maria José Maninha e de Toninho do PSol.

 

O crescimento do PSDB e dos partidos da base do presidente Michel Temer também são um recado para os candidatos do DF. Tadeu Filippelli (PMDB) e Izalci Lucas (PSDB) seriam os representantes desse grupo. O fortalecimento da direita seria um empurrão para Alberto Fraga (DEM-DF). O aumento do número de prefeituras do PSD, que chegou a 540, em terceiro no ranking de partidos, um benefício para Rogério Rosso (PSD).
Massacre petista
A derrota arrasadora do PT nas eleições municipais segue uma tendência que já era constatada no DF. Agnelo Queiroz não conseguiu chegar ao segundo turno e o impeachment de Dilma Rousseff teve apoio amplo na capital do país. Os petistas só elegeram um prefeito em capitais, Marcus Alexandre, em Rio Branco. É um sinal de que dificilmente o partido chegará competitivo na disputa ao Palácio do Buriti em 2018.