“É o projeto mais importante que o governo enviou à Câmara”, diz Sérgio Sampaio

Compartilhe

Ana Viriato

É grande a apreensão do Palácio do Buriti com a votação da proposta que muda o regime previdenciário do Distrito Federal, prevista para as 15h desta terça-feira (5/9). Nas palavras do secretário da Casa Civil, Sérgio Sampaio, “esse é o projeto mais importante que o governo enviou à Câmara Legislativa”.

A previsão é de vitória em plenário. Ainda assim, a votação deve se arrastar até a noite, com investidas da oposição e protestos de sindicalistas, que devem lotar a galeria da Casa. “Acreditamos que a Câmara terá a sensibilidade de enxergar a importância desse projeto e nos dará esse voto de confiança”, apostou o secretário.

Para o GDF, o aval à proposta é a “salvação do caixa de Brasília” e, caso não aconteça a aprovação, as contas não fecharão ao longo dos próximos meses. “Não há um plano B. Caso o projeto não receba o sinal verde, a expectativa é de parcelamento de salários e de uma situação crítica para prestadores de serviço e fornecedores”, disse Sampaio.

Tamanha expectativa quanto à aprovação do texto é justificada com as contas do governo. Todos os meses, o GDF retira do Tesouro R$ 170 milhões para cobrir os pagamentos das aposentadorias do fundo financeiro, que reúne as contribuições dos servidores que ingressaram no funcionalismo até dezembro de 2006.

A situação seria resolvida com a união desse caixa, cuja previsão de déficit até o fim do ano é de R$ 3,4 bilhões, ao fundo capitalizado, que terá um patrimônio de R$ 5,4 bilhões até o final de 2017 e é integrado por concursados a partir de 2007.

Regime complementar

O projeto também prevê a submissão ao teto do INSS (R$ 5.331,31) das aposentadorias de servidores que ingressarem na administração pública após a promulgação do texto.  Quem quiser receber mais após deixar o serviço público terá de contribuir, também, com o Fundo gerido pelo DF-Previcom. A condição é favorável aos funcionários, segundo Sampaio. “Para cada centavo que colocarem, o governo aportará o mesmo valor. Nem a iniciativa privada faz isso. Ou seja, quem quiser ganhar mais terá a ajuda do GDF”, apontou.

Entre outras vantagens apontadas pelo Executivo local está a criação de um limite para gastos com aposentadorias e a diminuição, a médio prazo, do gasto com a contribuição patronal paga pelo GDF — para cada grupo de 10 mil servidores que ingressarem na previdência complementar, a estimativa do governo é de que haja uma economia de R$ 120 milhões.
A estimativa para o início do completo funcionamento do novo fundo é de 90 dias.

Helena Mader

Repórter do Correio desde 2004. Estudou jornalismo na UnB e na Université Stendhal Grenoble III, na França, e tem especialização em Novas Mídias pelo Uniceub.

Posts recentes

  • Eixo Capital

Frente para acompanhar mudanças climáticas e seus impactos no DF é criada

Por Ana Maria Campos — Oito deputados distritais se uniram para criar a Frente Parlamentar…

2 dias atrás
  • CB.Poder

Cleber Lopes constrói unidade para concorrer à OAB-DF

No projeto de concorrer à presidência da OAB-DF em novembro, o criminalista Cleber Lopes conquistou,…

2 dias atrás
  • CB.Poder

“Eu me preparei para ser governador, em 2022, e sigo pronto”, diz Leandro Grass

Leia a entrevista de Leandro Grass, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional…

2 dias atrás
  • CB.Poder

Thaís Riedel decide apoiar Cleber Lopes para a disputa à presidência da OAB-DF

ANA MARIA CAMPOS Candidata à presidência da OAB-DF na última eleição, a advogada Thaís Riedel…

3 dias atrás
  • CB.Poder

“O agronegócio é um setor estratégico para o desenvolvimento do DF”, diz Pepa

CB.Poder entrevista o deputado distrital Pepa (PP), presidente da Comissão de Produção Rural e Abastecimento…

4 dias atrás
  • Eixo Capital
  • GDF

Cães da PMDF trabalham no resgate e no policiamento no Rio Grande do Sul

Por Ana Maria Campos — A tragédia climática no Rio Grande do Sul tem produzido…

4 dias atrás