Distritais da Frente Parlamentar da Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente ingressaram com notícia-crime contra a extremista Sara Winter, que divulgou dados de uma criança de 10 anos, vítima de estupro. As informações da menina, que engravidou, estavam protegidas por sigilo de Justiça. Os parlamentares pedem que a Delegacia da Criança e a Promotoria da Infância e da Adolescência do Distrito Federal processem Sara.
A extremista publicou os dados da criança nas redes sociais e divulgou o local onde seria realizado um aborto legal. A denúncia é assinada por Arlete Sampaio (PT), Fábio Felix (PSol) e Leandro Grass (Rede). Eles alegam que a extremista violou os arts. 16 e 17 do Estatuto da Criança e do Adolescente, “que consagram o dever de todos de zelar pelo respeito e pela dignidade das crianças e adolescentes, além do art. 247, que proíbe a divulgação de qualquer documento, ato, dado ou ilustração que permita a identificação de criança ou adolescente”.
A investigação, defendem os parlamentares, deve ocorrer em âmbito local, pois Sara mora no Distrito Federal.
“A Justiça precisa investigar com urgência como Sara Giromini, que foi coordenadora-geral de Atenção Integral à Gestante e à Maternidade no ministério comandado por Damares, conseguiu o endereço do hospital onde o procedimento foi realizado”, diz o presidente da Frente Parlamentar da Infância e da Adolescência, Fábio Felix. “Temos que exigir que Sara e as autoridades que tenham colaborado para o vazamento de informações sigilosas sejam punidas pelos diversos crimes que praticaram ao expor uma criança de 10 anos a diversos riscos”, afirma.
A deputada distrital Arlete Sampaio (PT) afirma que as ações da extremista extrapolam os limites da internet. “Ao expor o nome da menina, expor a família e expor os profissionais de saúde, ela demonstra não ter preocupação com a vida. Com essa atitude, preferiu submeter uma criança triplamente violentada ao risco de morrer”, argumentou.
Leandro Grass afirmou que é preciso proteger a criança e evitar a exposição dela. “Nós, como sociedade, devemos oferecer todo o amparo a essa criança para que tenha condições de lidar com a barbárie que viveu. Ela é vítima não só dos terríveis abusos que sofreu do seu agressor, mas também de uma sociedade permissiva, sexista e incoerente”, comenta.
O Correio tenta contato com a defesa de Sara.
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