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teste de covid Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press teste de covid

Diretor não levou nem uma hora para avaliar testes de covid adquiridos no DF

Publicado em CB.Poder, Coluna Brasília-DF

Coluna Eixo Capital / Por Ana Maria Campos

Segundo a investigação da Operação Falso Negativo, o diretor do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF), Jorge Chamon, levou menos de uma hora para avaliar tecnicamente todas as sete propostas comerciais encaminhadas para compra de kits de testes para covid-19.

“Esse prazo exíguo, a par de colocar em risco e dúvida a funcionalidade dos testes e sua acurácia na identificação do vírus da covid-19, revela que não houve efetivamente uma checagem idônea dos documentos por parte do denunciado Jorge”, afirmam os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Procuradoria-Geral de Justiça do DF, na denúncia.

Testes a mais

Numa das interceptações telefônicas da Operação Falso Negativo, uma funcionária da Farmácia Central do DF comenta que não havia lugar para guardar testes de covid-19 porque a Secretaria de Saúde do DF estava comprando mais do que utilizava.

Perda do foro

Se o governador Ibaneis Rocha (MDB) nomear um novo secretário de Saúde, a denúncia da Operação Falso Negativo contra Francisco Araújo Filho vai baixar para a primeira instância.

Citação

Na abertura da denúncia contra 15 pessoas acusadas de integrar um esquema criminoso para direcionar a escolha de duas empresas para venda com preços superfaturados de testes de covid-19, o Ministério Público do DF fez a seguinte citação: “Os ‘sangradores’– como os denomina um comissário francês – são pouco visíveis. Seus crimes são cometidos na penumbra. Eles avançam ocultos, detestam a luz do dia. Fogem do olhar dos povos como da peste”. O texto integra a obra Os senhores do crime, do suíço Jean Ziegler, professor de sociologia na Universidade de Genebra e na Sorbonne, de Paris. O livro fala sobre o surgimento do crime organizado e a lavagem de dinheiro por meio da globalização do sistema financeiro.

Causas “pro bono”

O Instituto de Garantias Penais (IGP), que reúne um grupo de renomados criminalistas de Brasília, criou um programa “pro bono” para defender judicialmente pessoas que estejam desamparadas pelo sistema de Justiça. Com experiência acumulada em grandes causas criminais, os integrantes do instituto vão oferecer voluntariamente a estrutura de seus escritórios para a defesa dos assistidos. As causas serão selecionadas por um comitê de avaliação. O projeto poderá fechar convênios com órgãos públicos, instituições de ensino e do terceiro setor.

Mandou bem

O Congresso aprovou projeto que aumenta penas para maus-tratos a cães e gatos. Se for sancionada, a lei estabelecerá prisão de até cinco anos para ferimentos ou mutilações de animais.

Mandou mal

A umidade relativa do ar no DF atingiu, na semana passada, a casa dos 10%, cenário propício para doenças respiratórias. Situação grave em tempos de pandemia de covid-19.

Só papos

“Nós últimos dias, segundo os boatos, já fui candidata à vice-presidente, àsenadora, à deputada e, agora, até mesmo à ministra do STF, mas ninguém pergunta o que quero mesmo ser. Pois bem, eu quero é ser astronauta!”

Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves

“O mero fato de se cogitar o nome de Damares para o STF é ilustrativo de que estamos vivendo um roteiro de filme inimaginável, uma mistura de morbidez moral com a absoluta falta de bom senso”

Defensor público federal Caio Paiva, professor de Processo Penal e Direitos Humanos

A pergunta que não quer calar….

Segundo a Reuters, o Canadá não reportou nenhuma morte por covid-19 na última sexta-feira. O Brasil registrou 874. O que eles estão fazendo de diferente de nós?