Bruno Lima
Seis dos oito deputados federais pelo DF pretendem votar contra a reforma da Previdência quando o assunto entrar na pauta do plenário, daqui a um mês – data marcada pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Augusto Carvalho (SD), Érika Kokay (PT), Roney Nemer (PP), Rogério Rosso (PSD), Alberto Fraga (DEM) e Laerte Bessa (PR) votariam contra se a decisão precisasse ser tomada hoje.
Os deputados analisam os possíveis desgastes que a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) poderiam causar a sete meses das eleições. Além da opinião pública, pesa a possibilidade de abastecer o discursos de adversários políticos. “O governo não pode votar essa reforma sem ter os 308 votos. Se colocar em pauta e perder, nós vamos ressuscitar o PT”, avalia o deputado federal Alberto Fraga (DEM). São necessários 308 votos para o texto passar.
Indeciso
Apenas Izalci Lucas (PSDB) ainda não bateu o martelo sobre como deverá votar. Apesar de o partido ser favorável às mudanças, o tucano afirmou que muitos pontos do texto não são unanimidade dentro da sigla e que a votação está sujeita a mudanças no projeto original. “O PSDB é favorável à reforma da Previdência. Mas não vamos votar de qualquer jeito, qualquer texto. Por isso, não posso dizer se sou contra ou a favor de nada. Eu não conheço o texto”, argumenta.
À espera do debate
Ronaldo Fonseca (Pros) foi contrário à primeira proposta e disse que manterá o posicionamento se a PEC não for alterada. “Na primeira proposta, eu me posicionei contra. Não conheço totalmente a atual, porque ainda não foi discutida. Se ela prejudicar o servidor, como a anterior, serei contra”, avisou.