Abadia Izalci Crédito: Paulo de Araújo/CB/D.A Press | Os tucanos lado a lado em campanhas passadas Izalci e Abadia

Abadia enfrentará processo no Conselho de Ética do PSDB

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Ana Viriato

A falta de consenso dentro do PSDB no DF em relação às eleições de outubro pode terminar na expulsão de alguns caciques do partido. O presidente da legenda na capital federal, deputado federal Izalci Lucas, determinou que os tucanos com cargos no governo abrissem mão das funções ou pedissem licença da sigla até ontem, o que não aconteceu. Agora, terão de enfrentar um processo no Conselho de Ética da sigla, que terá até 90 dias para analisar a situação.

Entre os alvos estão a ex-governadora e fundadora da regional do PSDB Maria de Lourdes Abadia, que ocupa a chefia da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos do GDF; Virgílio Neto, subsecretário de Políticas Estratégicas da pasta; e Horácio Lessa, chefe da Assessoria de Gestão Estratégica e Projetos do gabinete da Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh).

 

“Só estou no governo porque tive autorização”

 

Número 1 do PSDB-DF, Abadia afirmou que “não está disposta a sair do governo ou pedir licença do partido”. A tucana de alta plumagem lembrou que tem anuência do presidente da Executiva Nacional da legenda para estar à frente da secretaria na gestão de Rollemberg. “Todos têm visto o interesse de Alckmin em manter conversas com o Rodrigo. Só estou no governo porque tive autorização. Não sei de onde Izalci acha que tirou o poder para ignorar isso. Não tenho o que fazer, a não ser esperar a expulsão”, argumentou.

A ex-governadora ainda cutucou o adversário: “Não entendo por que Izalci tem sido tão rigoroso. Na campanha de 2014, o diretório determinou a candidatura de Pitiman e ele apoiou Arruda. Ninguém fez nada sobre isso”.