Bolsonaro e Mandetta
Bolsonaro e Mandetta Sérgio Lima/AFP Bolsonaro e Mandetta

DEM sai vitorioso após demissão de Mandetta não vingar

Publicado em Eixo Capital
Coluna Eixo Capital/Por Ana Maria Campos

“Ciência, disciplina, planejamento e foco. Foco. Ciência, disciplina, planejamento e foco”. Assim, o médico Luiz Henrique Mandetta se referiu ao momento atual: decisões sobre isolamento social, uso de medicamentos no tratamento da Covid-19 e seguir ou não as recomendações da OMS. O ministro da Saúde, no entanto, está no meio de um embate político. O DEM, seu partido — com a força de ter os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre — saiu vitorioso e a alardeada demissão de Mandetta não vingou. Mas até quando? O presidente Jair Bolsonaro vai tolerar um ministro que ficou tão forte? Não é mais o ministro do governo Bolsonaro, mas o ministro do Congresso.

Tocando em frente

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, gosta de citar músicas populares. Ontem, se referiu ao conterrâneo Almir Sater: “Como um velho boiadeiro, tocando eu vou”. Poderia ter escolhido também outro trecho da mesma canção: “Hoje me sinto mais forte; mais feliz, quem sabe; Só levo a certeza; De que muito pouco sei; Ou nada sei”.

Mandetta na Secretaria de Saúde

A médica Terezinha Mandetta, mulher do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, é assessora especial da Secretaria de Saúde do DF. Ela foi requisitada pela Prefeitura de Campo Grande (MS). Clínica geral, Terezinha trabalha no Hran e quer se credenciar para entrar na linha de frente para atendimento de pacientes com Covid-19.

Faixa de risco

A maior proporção de doentes graves por coronavírus ocorre na faixa de 50 a 59 anos. O percentual é de 26,94%. Esse grupo ganha também em valores absolutos. São 12 pacientes entre 53, sendo 10 na UTI.

Comorbidades

Das 10 pessoas que morreram por Covid-19 no DF, apenas uma mulher de 61 anos não tinha nenhuma doença pré-existente.

Corrente do bem

O Sindicato dos Professores do DF (Sinpro) colocou o prédio da entidade à disposição do GDF para funcionar como hospital de campanha. Fica no Setor de Indústrias Gráficas (SIG). Com 2 mil metros quadrados de área construída, dois pavimentos, poderá receber aproximadamente 100 pacientes de Covid-19, caso seja necessário. E de graça.

Queda de braço

Ibaneis Rocha está no centro de uma polêmica que divide o próprio governo: a reabertura das feiras da cidade. De um lado está o secretário de Desenvolvimento Social, José Humberto Pires, que defendeu a reabertura como uma medida para aliviar essa parcela da população. De outro, integrantes da Secretaria de Saúde. O problema é que, no fim de semana, houve aglomeração em algumas feiras. É a repetição da polêmica: apertar cada vez mais nas restrições ou afrouxar um pouco para o setor produtivo respirar.

Vaquinha

O BRB virou um instrumento de Ibaneis Rocha para o combate ao coronavírus. Além de linhas de crédito para o setor produtivo, o banco está organizando uma vaquinha entre os clientes para arrecadar R$ 25 milhões que serão usados na compra de equipamentos hospitalares.

Só papos

“A hora deles não chegou ainda não. Vai chegar a hora deles. E a minha caneta funciona”
Presidente Jair Bolsonaro

“Nós vamos continuar, porque vamos continuar enfrentando o nosso inimigo, que tem nome e sobrenome, a Covid-19″
Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta