Cristovam Buarque e Celina Leão declaram oposição
Cristovam Buarque e Celina Leão declaram oposição Crédito: Hélio Montferre/Esp.CB/D.A. Press Cristovam Buarque e Celina Leão declaram oposição

Cristovam Buarque vai declarar oposição a Rollemberg

Publicado em CB.Poder

Ana Viriato e Helena Mader

Um dos principais aliados de Rodrigo Rollemberg na eleição de 2014, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) vai anunciar oposição ao chefe do Executivo nesta quarta-feira (08/02). Integrantes do PPS, Cristovam e os distritais Celina Leão e Raimundo Ribeiro convocaram uma coletiva de imprensa para as 17h desta quarta-feira, na Câmara Legislativa. Na oportunidade, os correligionários vão fazer um manifesto público de oposição do partido ao Palácio do Buriti. Cristovam confirmou ao CB.Poder que o ato será para anunciar o posicionamento do partido contra a gestão atual do Palácio do Buriti.

 

Os parlamentares, há meses, não poupam críticas ao chefe do Executivo local. Cristovam, então componente do PDT, declarou ao CB.Poder, em 2015, que “o governador Rodrigo erra muito ao ouvir pouco”. O senador argumentou que, apesar da grave crise econômica, Rollemberg poderia mostrar mais ações. “Uma das marcas do meu governo custou zero, que foi a faixa de pedestres. Apesar desses números, daria para fazer uma porção de coisas”, disse à época.

 

Buarque ainda alfinetou o chefe do Palácio do Buriti no plenário da Câmara dos Deputados. Ainda em outubro de 2015, ele ressaltou cenas de violência nas manifestações convocadas por professores da rede pública do DF. “Quero manifestar aqui a minha profunda indignação, porque bater em professor é bater no futuro do país”, comentou. E acrescentou: “Depois reclamamos do mau comportamento das crianças. Depois reclamamos da violência dentro das escolas. Esse é o produto de governos que batem em professor, que prendem professor. Eu manifesto minha profunda indignação com esse fato”.

 

Cristovam parte para o ataque

 

Celina Leão e Raimundo Ribeiro utilizam, diariamente, a tribuna do plenário do Legislativo local como palco de reprovações ao governo Rollemberg. O deputado, por exemplo, afirmou, na semana passada, que “após dois anos de mandato, o governador não poderia colocar a culpa da má gestão em seu antecessor”, referindo-se às críticas de Rollemberg a Agnelo Queiroz (PT).

 

Além disso, durante o período de articulações pela Mesa Diretora, os dois comandaram o grupo que venceu o pleito batendo de frente com o aliado do governador, Agaciel Maia (PR). Agora, os distritais tentam conquistar a liderança de colegiados importantes para o Executivo local, como a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Os planos, porém, podem ser frustrados pelo bloco União por Brasília, montado pelo governador.

 

Ontem, Celina manifestou indignação com a interferência de Rollemberg na eleição das comissões que foi adiada por tempo indeterminado. “Acho que ele deveria deixar que esse debate ocorra na Casa, com os parlamentares. Uma coisa é eu discutir com alguém que está disputando comigo. Outra coisa é o governador escolher o candidato dele. Ele não é deputado distrital, é governador. E deveria cuidar do Palácio do Buriti, porque a cidade está um caos”, disparou.