Eixo Capital
Nas alegações finais do processo da Operação Drácon que tramita em primeira instância, o Ministério Público do Distrito Federal apresenta uma evidência inédita que reforça a relação entre o ex-deputado Cristiano Araújo (PSD) e Ricardo Cardoso, ex-diretor executivo do Fundo de Saúde que liberou os recursos da emenda parlamentar a empresas prestadoras de serviços de UTI no episódio que ficou conhecido como UTIGate. Desde a CPI da Saúde, realizada na Câmara Legislativa, já se sabia que os dois se encontraram em São Paulo e almoçaram, logo depois do pagamento da emenda de R$ 30 milhões. Eles disseram, no entanto, que foi um encontro marcado por acaso para tratar de “assuntos institucionais” porque os dois estavam na mesma época em São Paulo. Desmentiram, assim, uma vinculação mais próxima que reforçaria a tese de que Cristiano era a “ponte” entre os deputados e o suposto esquema de corrupção denunciado na Operação Drácon. Mas os promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) descobriram que os dois, na verdade, viajaram juntos, em 14 de janeiro de 2016, no mesmo voo da Avianca que decolou de Brasília às 10h17 e aterrissou às 12h10, no Aeroporto de Congonhas. As passagens dos dois estão vinculadas ao mesmo código de reservas e eles viajaram lado a lado na aeronave, confortavelmente na primeira fila, nos assentos 1B e 1C, segundo informações da Avianca prestadas ao Ministério Público do DF. Ninguém ocupou a cadeira ao lado. E mais: a agência de turismo Mix Travel Agência de Viagens Ltda – ME revelou que Cristiano comprou os dois bilhetes de passagens.
Processo vai baixar
Nomeado para o cargo de diretor de Administração do Metrô/DF, Cristiano Araújo é um dos denunciados por corrupção na Operação Drácon. O processo tramita na segunda instância porque envolvia deputados distritais. Mas agora baixará para a primeira instância.
Nova Terracap
O governador Ibaneis Rocha quer mudar o perfil da Terracap, tornando-a autossustentável. A empresa vai participar de empreendimentos como sócia, criando um fluxo de recursos para o GDF. Na visão de Ibaneis, o novo presidente, Gilberto Ochhi, que comandou a Caixa Econômica, tem experiência no mercado financeiro para liderar essas mudanças.
Rollemberg defende circulação de pessoas na orla
O ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB) reagiu, nas redes sociais, às críticas de seu sucessor, Ibaneis Rocha, à abertura da orla do Lago Paranoá para a circulação de pessoas. “Demonstra um profundo preconceito por achar que a presença de pessoas, especialmente as mais pobres, vai sujar o Lago Paranoá. Demonstra também a defesa de interesses privados em detrimento do interesse público”, disse. Ibaneis bateu numa das ações tratadas por Rollemberg como uma das principais de sua gestão.
Troca de posições
Na Procuradora-geral da Câmara Legislativa, órgão responsável pela análise da legalidade dos atos administrativos, sai o delegado aposentado Arnaldo Siqueira, da equipe de Joe Valle (PDT), e entra o defensor público José Wilson Porto, nomeado pelo novo presidente, Rafael Prudente (MDB). A nomeação foi publicada ontem no Diário da Câmara. José Wilson foi secretário-geral da Mesa Diretora da Câmara na gestão de Celina Leão (PP) na Presidência.
Marca de Brasília
O presidente da Fecomércio, Francisco Maia, apresentou ao governador Ibaneis Rocha (MDB) o projeto Marca Brasília, que elegeu, por votação popular, uma identidade visual para representar a cidade. Trata-se de uma criação dos alunos do Iesb Igor Borges, 21 anos, e Matheus de Vasconcelos, 20 anos, do curso de Design Gráfico. Ibaneis vai analisar a possibilidade de usar a marca em administrações regionais, para divulgar a cidade. O traçado sugere uma fonte azul que forma as letras de Brasília.