O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) anunciou a posse dos novos secretários. O evento, que começou com uma hora de atraso e durou cerca de 25 minutos, foi marcado pela fala única do socialista. E mais: ele não citou cortes nos cargos comissionados — a promessa era reduzir a quantidade em 20%. Nem falou das mudanças dos nomes no primeiro escalão. O discurso, mais uma vez, ficou absolutamente centrado na crise financeira vivida pelo DF.
Entre as medidas tomadas para diminuir os gastos, o chefe do Executivo citou um corte de R$ 1 bilhão em custeio e o não preenchimento de 4 mil cargos comissionados — de acordo com o GDF, uma economia de R$ 150 milhões. Em relação à Câmara Legislativa, Rollemberg destacou o remanejamento de R$ 352 milhões em emendas parlamentares para a Saúde.
Sem a presença de Joe Valle (PDT), único distrital a migrar para o governo na reforma e que pediu para tomar posse apenas na semana que vem, o governador demonstrou — mais uma vez — preocupação com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Se contabilizarmos o Fundo Constitucional do DF, que não é computado pela LRF, gastamos 80% do orçamento com pessoal”, disse. Atualmente, o GDF tem comprometidos 50,8% do orçamento com salários — o máximo permitido pela LRF é 49%.
Apesar da curta duração, houve tempo para acabar a tinta da caneta utilizada pelos secretários assinar o termo de posse. Coube ao deputado distrital Rafael Prudente (PMDB) o papel de emprestar uma para os integrantes do Executivo. A nomeação dos secretários sai no Diário Oficial do DF desta sexta-feira (23). Um nome, porém, já foi publicado no início da semana: Jane Klebia Reis deu lugar para Aurélio de Paula Guedes, agora ex-diretor da Escola do Legislativo do DF, na Secretaria de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude na segunda-feira.