O consórcio responsável pela construção do Centro Administrativo do Distrito Federal (Centrad), em Taguatinga, quer rescindir o contrato de concessão firmado com o GDF. A ideia das empresas vencedoras da licitação é um rompimento amigável, de comum acordo entre as partes. A proposta foi enviada ao Palácio do Buriti, mas ainda não há um consenso no governo sobre a melhor saída para o impasse. O consórcio, formado pelas empresas Odebrecht e Via Engenharia, ganhou a disputa para construção e manutenção do complexo e alega já ter investido R$ 1 bilhão no negócio. O Centrad foi inaugurado no último dia de gestão do ex-governador Agnelo Queiroz (PT), mas a Justiça anulou a carta de habite-se. Desde então, a estrutura está fechada e virou um elefante branco às margens da Avenida Elmo Serejo.
Soluções em debate
Quando assumiu o governo, Rodrigo Rollemberg e a equipe técnica passaram a estudar uma solução para o Centrad. O GDF sofre pressões da Caixa Econômica Federal, uma das financiadoras do projeto, para que o Buriti assuma o contrato. Em nota, a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão informou que recebeu o pedido de rescisão do contrato e garantiu que “o documento encontra-se em fase de análise”. Segundo a pasta, o rompimento do acordo com o consórcio é uma das hipóteses em análise e o governo vai adotar a solução “que tiver maior vantajosidade econômica, bem como a que tenha em perspectiva o interesse público, respeitados os limites do contrato, a fim de garantir segurança jurídica”. O governo informou ainda que o valor de R$ 1 bilhão citado pelas empresas é apenas uma estimativa. Já o consórcio reclama que, sem receber os valores devidos, “fica impedido de honrar seus compromissos, em especial com seus financiadores”.