Com bancada rachada, MDB se reúne para definir candidato ao comando do Senado

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PAULO SILVA PINTO
Um experiente senador do MDB avalia que a chancela da bancada para a candidatura de Renan Calheiros (AL) está longe de ser garantida. Ele disputará a indicação com Simone Tebet (MS), em uma reunião que vai começar logo mais, às 17h desta quinta-feira (31/01), e não terá hora para acabar. A votação será secreta, o que tende a favorecer Simone, porque Renan não poderá punir quem for contrário a ele.

Neste momento, a estimativa é de que a bancada esteja dividida ao meio. Para esse experiente senador com quem eu conversei, a vitória de Renan seria boa para ele, particularmente, e para os outros emedebistas mais antigos, que têm bom trânsito com o alagoano, mas ruim para o partido como um todo, que não conseguiria se livrar da pecha de ser a velha política.

Também seria negativa para o Senado, que seria visto como responsável por tudo o que vier a dar errado no governo de Jair Bolsonaro. Antes de se tornar presidente, porém, Renan tem de enfrentar o escrutínio dos senadores do próprio partido e, amanhã, de todo o plenário. Não será fácil.

Os anti-Renan querem que a sessão seja comandada por Davi Alcolumbre (DEM-AP), que também é candidato à Presidência, pois ele é o único membro da mesa atual que estará na próxima legislatura, ainda que seja apenas terceiro secretário suplente. Os renanzistas dizem que isso não vale, e querem que a sessão seja presidida por José Maranhão (MDB-PB), o mais velho. Ou seja, apenas uma coisa é certa: haverá um baita confronto na primeira sessão do Senado. Se o clima fica muito ruim, pode ser que a eleição nem ocorra nesta sexta-feira.

Na avaliação desse experiente senador, a candidatura de Simone esvaziaria a de Alcolumbre, que só tem alguma força por ser o anti-Renan. E o próprio alagoano poderia conservar enorme poder se viesse a ser líder do partido, o que teria grandes chances de emplacar.

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