ANA MARIA CAMPOS
O ex-governador Agnelo Queiroz (PT) foi absolvido de mais uma ação de improbidade administrativa em que foi acusado de nepotismo. Este é o nono e último processo em que foi acusado de nomear parentes em órgãos da estrutura do GDF quando esteve à frente do Palácio do Buriti.
Neste caso, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) apontou na inicial irregularidades na nomeação de uma funcionária, Erika Maravilha de Sousa, para cargo comissionado no Detran-DF onde seu irmão Josimar Almeida de Sousa era servidor efetivo e já exercia função de confiança.
Nas alegações finais, o próprio Ministério Público do DF pediu a absolvição de Agnelo por considerar que ficou comprovado que não havia relação de hierarquia entre os dois irmãos no Detran e influência familiar na contratação da servidora.
O juiz André Gomes Alves, da 5ª Vara de Fazenda Pública do DF, rejeitou a ação e absolveu Agnelo.
Esta é a nona ação de improbidade pela prática de nepotismo considerada improcedente. Outros oito processos seguiram o mesmo caminho. Em alguns casos, já há julgamento com absolvição em segunda instância.
Encerra-se, assim, esse capítulo de acusações que provocaram desgaste ao ex-governador do DF.
Para Agnelo, o MPDFT errou. “Uma demonstração clara de como o MPDF age de forma política, para desgastar, destruir a imagem da pessoa junto a opinião pública. Mesmo com a absolvição não se repara mais”, afirmou o petista.