Coluna Eixo Capital publicada em 5 de julho de 2024, por Ana Maria Campos
Uma pesquisa, encomendada pelo PL, mostra que o bolsonarismo continua a ser uma força considerável na capital do país. O Instituto Paraná fez entrevistas pessoais entre 29 de junho e 2 de julho e constatou que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) derrotaria o presidente Lula entre os eleitores do Distrito Federal, se a eleição fosse hoje. A mulher de Jair Bolsonaro teria 30,1% dos votos, enquanto o petista ficaria com 27,8%. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União) alcançaria 11,8%; Ciro Gomes (PDT) ficaria com 8,5%; o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), com 3,5%; e o do Pará, Helder Barbalho (MDB), com 0,7%. Ou seja, a polarização permanece com a liderança do grupo bolsonarista. Se o próprio Bolsonaro, que estava inelegível por oito anos, concorresse, a vitória seria com margem maior: 39,9% contra 27,1% para Lula. Foram ouvidos 1.360 eleitores. O levantamento teve grau de confiança de 95% para uma margem estimada de erro em, aproximadamente, 2,7 pontos percentuais.
Tarcísio também é adversário forte
Se o candidato do grupo bolsonarista à Presidência fosse o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o resultado seria outro no DF. Lula teria 28,5% dos votos e o ex-ministro de Bolsonaro alcançaria 23,1%, segundo a pesquisa do Instituto Paraná. Mas, não se pode desprezar esse desempenho a dois anos do início da campanha.
Celina lidera corrida ao Palácio do Buriti
A governadora em exercício, Celina Leão (PP), lidera a pesquisa ao Palácio do Buriti com 22% das intenções de votos. Ela tem na cola o ex-governador José Roberto Arruda (sem partido), com 18,3%, e a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), com 14,9%. O presidente do Iphan, Leandro Grass (PV), vem logo atrás, com 13,2%. O deputado federal Rafael Prudente (MDB) entra em seguida, com 6,3%; a deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania) aparece com 4,1%; e o Coronel Moreno, que concorreu ao GDF na última eleição, tem 3,2%. O resultado do estudo sinaliza que o racha entre Celina e Damares só favorece os adversários. Sem Damares no páreo, Celina chega a 30%, tendo Leandro Grass em segundo, com 14,8%; o senador Izalci Lucas (PL-DF), com 13,4%; Prudente, com 9,6%; e Paula Belmonte, com 7%.
Desconto em brinquedotecas
A Promotoria de Justiça da Pessoa com Deficiência (Proped) obteve decisão liminar para obrigar cinco brinquedotecas a oferecer desconto de 50% no ingresso a crianças com autismo ou deficiência. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) impetrou ação civil pública (ACP) contra as cinco empresas, localizadas em shoppings da cidade.
Desconfiança para abrir as portas
Na reta final de coleta de dados para a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios Ampliada (Pdad-A), pesquisadores do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) — antiga Codeplan — enfrentam dificuldades. No trabalho iniciado em 2023, 90% dos dados foram apurados para o levantamento abrangente realizado em todas as regiões administrativas, área rural e em 12 municípios do Entorno do DF. Porém, tem esbarrado na desconfiança dos moradores, principalmente os de maior renda, quanto a abrir as portas para responder ao questionário. Em julho, os pesquisadores concentram esforços para ouvir quem reside no Park Way, Lago Sul, Lago Norte e São Sebastião, onde o número de recusa é maior. O Plano Piloto também tem alto índice de negativa, segundo o IPEDF.
Meta: 25 mil domicílios
A meta, com a Pdad-A é visitar 25 mil domicílios. Os dados obtidos serão utilizados pelos gestores na elaboração e implementação de políticas públicas sintonizadas às demandas da população. É a oportunidade de ouvir as pessoas sobre o que falta para melhorar sua realidade em termos de infraestrutura, mobilidade urbana, educação, saúde, equipamentos públicos, postos de saúde e outras necessidades.
Pesquisadores identificados
Todos os pesquisadores são identificados com o símbolo do Governo do Distrito Federal (GDF) e da empresa contratada para o levantamento. O uniforme é composto por colete, boné, camisa e crachá com QR Code. Esse código dá acesso à plataforma Valida Pesquisador e automaticamente mostra foto, nome, matrícula, empresa e pesquisa à qual o agente está associado. Caso essas informações não apareçam, o pesquisador não é validado pelo IPEDF.