Bancada do DF votou em maioria contra as saidinhas para presos

Publicado em CB.Poder

Da Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos

Na votação para derrubada do veto do presidente Lula às chamadas saidinhas de presos, cinco deputados federais e dois senadores votaram a favor, para restabelecer a restrição de liberação para visitas a famílias em datas comemorativas, como Dia das Mães, dos Pais e Natal. Votaram pela derrubada do veto os deputados Alberto Fraga (PL), Fred Linhares (Republicanos), Júlio César (Republicanos), Gilvan Máximo (Republicanos) e a deputada Bia Kicis (PL). O deputado Rafael Prudente (MDB) estava ausente. Entre os senadores, votaram contra as saidinhas Damares Alves (Republicanos) e Izalci Lucas (PL). A deputada Érika Kokay (PT) e o deputado Reginaldo Veras (PV) foram os únicos da bancada do DF a favor do benefício. A senadora Leila Barros (PDT) não votou. No total, foram 314 votos pela derrubada do veto na Câmara e 126 pela manutenção, além de duas abstenções. No Senado, houve 52 votos contra o benefício e 11 a favor, além de uma abstenção.

Nas fake news, placar de 6 a 2

No projeto das fake news — que previa a tipificação de crime com pena de até cinco anos — o veto do então presidente Jair Bolsonaro foi mantido com o voto de seis deputados do DF que se somaram à maioria da Casa. Alberto Fraga (PL), Fred Linhares (Republicanos), Júlio César (Republicanos), Gilvan Máximo (Republicanos) e Rafael Prudente (MDB) e a deputada Bia Kicis (PL) seguiram a posição de Bolsonaro. Mais uma vez, Érika Kokay (PT) e Reginaldo Veras (PV) discordaram da maioria. No total, foram 317 deputados a favor da manutenção do veto e 139 pela derrubada. Com a manutenção do veto na Câmara, o projeto não passou pelo Senado.

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Regularização

A Secretaria da Família e Juventude do DF (SEFJ) começou a elaboração de um acordo de cooperação técnica com a Neoenergia. O secretário da pasta, Rodrigo Delmasso, se reuniu com a equipe técnica da Neoenergia para definir a ação, com objetivo de dar celeridade aos processos de regularização. Mais de 500 lotes de templos religiosos, entidades sem fins lucrativos e de assistência social em área pública serão regularizados com mais agilidade.

Mal-estar passageiro

O deputado distrital Joaquim Roriz Neto (PL) sentiu-se mal ontem na Câmara Legislativa e passou a tarde no posto do serviço médico da Casa. Ele teve taquicardia e pressão alta. Segundo a assessoria, Joaquim Neto não aparentava estar bem desde a véspera. No fim do dia, já estabilizado, ele foi para casa. O parlamentar de 32 anos não tem problemas crônicos de saúde. Será que foi estresse?

Auditoria e depoimento

A presidente da Comissão de Fiscalização e Transparência da Câmara Legislativa, Paula Belmonte (Cidadania), promove hoje reunião extraordinária para aprovar pedido de auditoria no contrato de gestão da Secretaria de Saúde (SES-DF) com o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF). Também solicita à Secretaria de Saúde informações sobre a execução e metodologia de metas do contrato. “Não podemos aceitar que esse contrato com o Iges continue sendo uma caixa preta, especialmente neste momento de caos na saúde”, justifica a distrital. Hoje, a Comissão também recebe a secretária da pasta, Lucilene Florêncio, para falar sobre o serviço de saúde.

7 assinaturas para CPI

Falta apenas uma assinatura para o protocolo do requerimento de instalação da CPI da Saúde na Câmara Legislativa. Na noite de segunda-feira, Ricardo Vale e Chico Vigilante, do PT, se somaram a Fábio Félix (PSol), Max Maciel (PSol), Dayse Amarilio (PSB) e Gabriel Magno (PT). Ontem, a deputada Paula Belmonte (Cidadania) disse à coluna que assinará.

Equiparação

A senadora Leila Barros (PDT-DF) incluiu uma emenda que garante a paridade dos salários de policiais civis e federais no projeto de lei que reestrutura várias carreiras federais. O texto deve ser votado hoje no Senado.

Só Papos

“Evidencia-se com os maiores custos sociais e institucionais, que a Operação Lava-Jato foi responsável por uma espécie peculiar de delitos: a delinquência processual. Foi um projeto de poder, sobre a qual se impõe a constituição e a nossa estrutura comunitária de controles institucionais. A Lava-Jato não quis combater a corrupção, quis fazer gol de mão. A ideia era ou o juíz não ver, ou ganhar o jogo ilegalmente. O país perdeu uma das grandes oportunidades de aprimorar efetivamente o combate à corrupção.”

Thiago Turbay, advogado criminalista sócio do Boaventura Turbay Advogados, sobre a decisão do ministro Dias Toffoli de anular os atos da Lava-Jato em relação à Odebrecht

“É um grande pacotão no qual as pessoas que confessaram praticar crimes estão saindo impunes, e outras estão tendo os casos anulados. E quem paga o pato disso tudo é, sempre, a sociedade. Sempre foi assim no Brasil. Os corruptos saem impunes. E o Supremo Tribunal Federal está garantindo que isso continue da mesma forma.”

Deltan Dallagnol, ex-deputado federal e ex-coordenador da Operação Lava-Jato, em entrevista ao Estadão