Da Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos
Um jantar na casa do ex-superintendente regional do Sebrae e ex-secretário de Desenvolvimento Econômico Valdir Oliveira consolidou o projeto de lançamento de um candidato do PSB ao Palácio do Buriti nas próximas eleições. Não se falou ainda de quem vai liderar esse projeto, mas pelo menos três potenciais pré-candidatos participaram do jantar regado a baião de dois e queijo coalho. Além do próprio anfitrião que abriu sua casa no Lago Norte, participaram do evento o ex-governador Rodrigo Rollemberg, atual secretário de Economia Verde, Descarbonização e Biondústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e o ex-secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública Ricardo Cappelli, que naquele dia foi anunciado como presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Também participaram da conversa o presidente regional do PSB, Rodrigo Dias, e a deputada distrital do partido, Dayse Amarilio, além de outros convidados.
Homenagem
Valdir Oliveira diz que o evento foi marcado para celebrar a nova missão de Ricardo Cappelli, que deixou o ministério da Justiça e Segurança Pública como um competente gestor e vai se fixar em Brasília, apesar do convite do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), para que assumisse uma pasta na administração municipal. “Será importante para o DF ter um político da estatura do Cappelli mais próximo a Brasília, com uma pauta que pode ajudar o desenvolvimento econômico do DF. Com as novas funções, acredito que o amigo Cappelli vai poder contribuir ainda mais com a nossa Brasília, cidade que ele adotou como sua nessa nova fase da vida”, afirma Valdir.
Protagonismo
Depois de governar o DF na gestão de Rodrigo Rollemberg, o PSB quer ter protagonismo no cenário político local, aposta Valdir Oliveira. “O PSB tem bons quadros e temos uma militância que continua fazendo nossas defesas, mesmo depois que saímos do governo. Por isso, entendo que o PSB deve voltar a governar o nosso Distrito Federal. Mas isso só será possível se tivermos uma ampla frente progressista e que possa ampliar com propostas de grupos políticos que militam no centro, mas que tenham a democracia como princípio fundamental. Temos no Distrito Federal grandes nomes políticos que podem nos ajudar a construir essa frente, desde nomes políticos consagrados da esquerda, como democratas que tenham um pensamento mais ao centro da nossa política”, avalia Valdir.
Estímulo à educação
Como faz há 30 anos, o empresário Paulo Octávio fez questão de entregar um kit escolar a cada um dos trabalhadores que têm filhos ou netos na escola. O estímulo à educação tem sido uma bandeira da empresa.
Espionagem machista
A divulgação, pela BandNews, de que a ex-ministra Flavia Arruda foi alvo de espionagem política da Abin só reforça suspeitas que já circulam no meio político. Um dossiê relacionado à então ministra-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República circulou no governo Bolsonaro e envolveu também o hoje ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira. Flavia teve detalhes da intimidade monitorados. Foi alvo de muito machismo. Era uma mulher, jovem, bonita, motivo de muita misoginia entre políticos conservadores.
Juiz é assaltado no Parque da Cidade
O juiz Carlos Maroja, titular da Vara do Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal, foi assaltado na última sexta-feira no Parque da Cidade. Ele estava na altura da 905 Sul, quando foi rendido por dois homens com faca que levaram a bicicleta do magistrado, uma Specialized verde-escura, com o celular grudado num suporte. “Já cancelei o chip e tentei apagar os dados, mas estou desconfiado, inclusive, que os bandidos estão tentando acessar minha conta, o que talvez explique a dificuldade da ligação”, afirmou à coluna. O juiz registrou a ocorrência na 1ª DP. “Sou um insistente. Esse absurdo de ontem (sexta) não vai inibir minha paixão pelo pedal”, disse o magistrado à coluna.
Mandou bem
Na abertura dos trabalhos do ano Judiciário, na última quinta-feira, os chefes dos três poderes da República — o presidente Lula, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) — uniram-se em um gesto simbólico para retirada das grades que foram instaladas em frente ao Supremo para aumentar a segurança depois do 8 de janeiro de 2023.
Mandou mal
Os dados relacionados à dengue no país assustam. Nos últimos seis dias de janeiro, o número de mortes chegou a 24, enquanto a quantidade de casos em investigação passou de 85 para 163, de acordo com o Painel de Monitoramento de Arboviroses. O Distrito Federal lidera o número de mortes, com 7 casos, até a semana passada. Na sequência, estão Minas Gerais, Paraná e São Paulo.
Enquanto isso na sala de Justiça
A troca de posições entre Ricardo Lewandowski, que se aposentou no ano passado e tomou posse como ministro da Justiça e Segurança Pública, e Flávio Dino, que deixa o cargo para assumir a toga no Supremo Tribunal Federal, mostra a unidade entre Executivo e Judiciário nos tempos atuais. Os dois poderes estão afinados no campo da Justiça, o que ficou evidente também com a presença de nove ministros do STF na posse de Lewandowski na última quinta-feira. Dos 11 ministros, incluindo Flávio Dino, estavam ausentes apenas André Mendonça e Edson Fachin.
Só papos
“(Quero) saudar não só o STF, mas as pessoas que dão vida à Suprema Corte. Vocês sentiram na pele o peso do ódio que se abateu no Brasil, sofreram perseguição, ofensa, campanha de difamação e até ameaça de morte, inclusive, contra parentes. Mas não estavam sozinhos, as instituições democráticas estiveram e estarão sempre ao lado de vocês. Juntos enfrentamos ameaças que conhecíamos apenas nas páginas mais trágicas da história da humanidade, o fascismo”
Presidente Lula, em discurso na abertura do ano Judiciário
“Companheiro, vai ler o João 8:32. Tem que falar a verdade. Mentir não vai chegar a lugar nenhum. E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. A verdade dói. Tem que falar a verdade e outra, falar do seu governo. Parece até que quando o Lula vai dormir, já que ele está recém-casado, em vez de falar eu te amo, ele fala Bolsonaro”
Jair Bolsonaro, ex-presidente